da Agência Brasil
Brasília – A estreia da Lei da Ficha Limpa nas eleições municipais
deste ano provocou um efeito colateral: a impossibilidade de apurar a
quantidade de votos nulos, assim como as situações em que algum
candidato não recebeu um voto sequer.
Quando o candidato está com o registro negado, mas ainda pendente de
análise na Justiça, ele fica em uma espécie de limbo. Seus votos são
registrados, mas não aparecem na totalização porque entram na conta dos
nulos. Com isso, muitos candidatos aparecem sem voto na consolidação dos
resultados.
É o caso da cidade de Alexânia, em Goiás, onde 45 vereadores
aparecem sem nenhum voto. Neste caso, só é possível saber a real
situação com uma pesquisa sobre cada registro. Em Osasco (SP), 42% dos
votos registrados para prefeito são nulos, mas neste caso muitos podem
ter sido destinados a um dos líderes nas pesquisas, Celso Giglio (PSDB),
atualmente com o registro negado.
Outra dificuldade para medir os votos nulos e brancos é que eles não
aparecem nas pesquisas de totalizações por estado ou nacional. Na
eleição presidencial de 2010, os números estavam disponíveis, mas agora
só é possível checar os brancos e nulos com a pesquisa por cidade.
Em coletiva hoje (7), a presidenta do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), ministra Cármen Lúcia, disse que a Justiça Eleitoral deve começar
a divulgar amanhã (8) a lista de votos obtidos pelos candidatos com
registro negado. Somente com estes números será possível ter um panorama
melhor dos votos efetivamente nulos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário