quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Genivan afirma que a Prefeitura gasta mais com hospitais privados do que com públicos

A Câmara Municipal realizou ontem mais uma audiência pública para debater a gestão dos recursos da saúde dos dois primeiros trimestres deste ano. O acúmulo se deu por conta do atraso da administração municipal em cumprir o requisito do Sistema Único de Saúde (SUS).

O assunto mais polêmico foi trazido pelo vereador Genivan Vale (PR), que revelou que a atual administração gasta mais com hospitais privados do que com públicos.
De acordo com Genivan Vale, os dados são do Tribunal de Contas da União (TCU) e apontam que de R$ 14 milhões, a Prefeitura gastou R$ 8 milhões com hospitais privados e R$ 6 milhões na saúde pública. O republicano lembrou ainda que há uma recomendação para extinguir a Gerência da Saúde e criar uma secretaria com autonomia, além da omissão da Prefeitura de Mossoró na realização de exames de alta complexidade que seguem feitos pelo Governo do Estado mesmo com gestão plena da saúde por parte do município. "Essas três recomendações foram feitas à Prefeitura de Mossoró e não foram cumpridas", destacou.
O vereador destacou ainda que existe um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontando que houve superfaturamento de 40% na compra de aparelhos de ar-condicionado para a saúde municipal e o Conselho Municipal de Saúde comporta-se de forma omissa.
Ao fazer um balanço sobre todos os dados, o parlamentar lamentou que se gaste tanto em mídia e a saúde siga funcionando de forma precária. "Nos últimos quatro anos se gastou quase R$ 40 milhões em propaganda. Espero que a próxima gestão mude as prioridades", declarou.
O gerente executivo da Saúde, Benjamim Bento, disse que, apesar das dificuldades, a média de Mossoró na avaliação da gestão da saúde é de 6.8, maior que a média nacional, que é de 6.2.
Sobre as denúncias elencadas por Genivan, o gerente disse que a Prefeitura fez as adequações e contestou os pontos em que discorda do TCU e CGU. "Estamos em conformidade", garantiu.
Ele explicou ainda que o gasto excessivo na saúde privada é justamente nas áreas de média e alta complexidades e lamentou que Mossoró não tenha uma maternidade municipal e um hospital geral.
Tanto Benjamim Bento quanto Gilberto Pedro, presidente do Conselho Municipal de Saúde, garantiram que o órgão acusado pela CGU de portar-se de forma omissa tem sido atuante.
Na tréplica Genivan Vale disse não acatar os argumentos do representante da Prefeitura de Mossoró. "A gente discorda, haja vista muitas coisas desses relatórios continuarem ocorrendo", destacou.

de o mossoroense

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