Ficha limpa e outros problemas no registro
de candidatos fizeram Justiça anular votos recebidos de quase 6 mil
políticos. PMDB, PT e PSDB são os partidos com mais barrados
Mesmo concorrendo com o registro negado pela Lei da Ficha Limpa
e outros problemas, como falta de documentos e atraso em pagamento de
multas, quase 6 mil candidatos receberam 3,4 milhões de votos nas
eleições de domingo passado. Levantamento do Congresso em Foco
baseado em informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que
boa parte dos candidatos barrados por decisões judiciais ainda estão sub
júdice, esperando a análise de um recurso para reverter a decisão
inicial.
O candidato mais votado entre os que concorreram com registro barrado
é Celso Giglio (PSDB). Deputado estadual, ele disputou a prefeitura de
Osasco contra outros cinco candidatos. Seu principal adversário foi
Jorge Lapas (PT), que substituiu o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) na
corrida. Cunha desistiu de concorrer após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do mensalão. Giglio teve as contas da prefeitura de 2004 rejeitadas pelo Tribunal de Contas e pela Câmara de Vereadores
Mesmo barrado pela ficha limpa, Giglio teve votos suficientes para
ter o melhor desempenho entre os candidatos em Osasco. Ele recebeu
149.579 votos contra 138.435 de Lapas. Ontem (11) à noite, ele tentou
rever sua situação com um recurso apresentado ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). “Foi uma armação dos meus adversários”, disse Giglio,
em entrevista ao Congresso em Foco. Ele
afirma que Lapas e João Paulo manobraram para que a Câmara de
Vereadores rejeitasse as suas contas. Tal argumentação, porém, não
sensibilizou o TSE. Seu recurso foi rejeitado.
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