A Igreja Católica do Rio Grande do Norte
homenageia hoje, através de feriado, os mártires de Cunhaú e Uruaçu, que
foram massacrados pelos holandeses no ano de 1645. De acordo com a
Arquidiocese de Natal, o padre André de Soveral e 70 fiéis foram mortos
de forma cruel por mais de 200 soldados holandeses e índios potiguares.
Os
fiéis participavam da missa dominical, na Capela de Nossa Senhora das
Candeias, situada no Engenho Cunhaú, precisamente no município de
Canguaretama, no Rio Grande do Norte. Devido a intolerância dos
invasores, os religiosos foram cruelmente massacrados por seguirem a
religião católica.
Segundo historiadores, antes das chacinas foi
constatado que nenhum dos fiéis, tanto de Cunhaú quanto de Uruaçu,
portava armas de fogo, apenas alguns bastões que encostaram nas paredes
do pórtico.
Como prova da fé, momentos antes do massacre, ao invés de
se rebelarem os fiéis se confessaram. Em relatos feitos por portugueses
da época, foram descritas cenas de extrema crueldade, nas quais os
católicos ainda vivos foram feitos em pedaços, arrancando olhos,
línguas, entre outros órgãos.
Para o monsenhor Francisco de Assis
Pereira, principal postulador da causa dos mártires, "a memória dos
servos de Deus sacrificados em Cunhaú e Uruaçu, em 1645, permaneceu viva
na alma do povo potiguar, que os venera como ínclitos defensores da fé
católica".
O processo de beatificação foi concedido pela Santa Sé, no
dia 16 de junho de 1989. Em 21 de dezembro de 1998, o papa João Paulo
II assinou o decreto reconhecendo o martírio de 30 brasileiros, sendo
dois sacerdotes e 28 leigos. A celebração de beatificação aconteceu no
Vaticano, no ano 2000.
Apenas 6 anos após a beatificação a
governadora Wilma de Faria definiu como consagração aos Mártires de
Cunhaú e Uruaçu o feriado estadual, no dia 3 de outubro.
de o mossoroense
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