quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Feriado estadual relembra a história dos mártires de Cunhaú e Uruaçu

A Igreja Católica do Rio Grande do Norte homenageia hoje, através de feriado, os mártires de Cunhaú e Uruaçu, que foram massacrados pelos holandeses no ano de 1645. De acordo com a Arquidiocese de Natal, o padre André de Soveral e 70 fiéis foram mortos de forma cruel por mais de 200 soldados holandeses e índios potiguares.
Os fiéis participavam da missa dominical, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, situada no Engenho Cunhaú, precisamente no município de Canguaretama, no Rio Grande do Norte. Devido a intolerância dos invasores, os religiosos foram cruelmente massacrados por seguirem a religião católica.
Segundo historiadores, antes das chacinas foi constatado que nenhum dos fiéis, tanto de Cunhaú quanto de Uruaçu, portava armas de fogo, apenas alguns bastões que encostaram nas paredes do pórtico.
Como prova da fé, momentos antes do massacre, ao invés de se rebelarem os fiéis se confessaram. Em relatos feitos por portugueses da época, foram descritas cenas de extrema crueldade, nas quais os católicos ainda vivos foram feitos em pedaços, arrancando olhos, línguas, entre outros órgãos.
Para o monsenhor Francisco de Assis Pereira, principal postulador da causa dos mártires, "a memória dos servos de Deus sacrificados em Cunhaú e Uruaçu, em 1645, permaneceu viva na alma do povo potiguar, que os venera como ínclitos defensores da fé católica".
O processo de beatificação foi concedido pela Santa Sé, no dia 16 de junho de 1989. Em 21 de dezembro de 1998, o papa João Paulo II assinou o decreto reconhecendo o martírio de 30 brasileiros, sendo dois sacerdotes e 28 leigos. A celebração de beatificação aconteceu no Vaticano, no ano 2000.
Apenas 6 anos após a beatificação a governadora Wilma de Faria definiu como consagração aos Mártires de Cunhaú e Uruaçu o feriado estadual, no dia 3 de outubro.   

de  o mossoroense

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