Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em 18 estados e no Distrito Federal
estão em greve a partir de hoje (19), por tempo indeterminado. Eles
reivindicam reajustes salariais e reposição de perdas. Em Brasília, os
trabalhadores prometem ficar mobilizados desde o começo da manhã, em
manifestação em frente ao Ministério das Comunicações, onde aguardam
reunião com representantes do governo. Às 10h30 haverá uma audiência no
Tribunal Superior do Trabalho (TST).
O salário inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de
triagem e transbordo é R$ 942. Dos 35 sindicatos da categoria, dez
ainda farão assembleias de hoje até o dia 25. Uma das maiores empresas
empregadoras no regime de, Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), os Correios têm mais de 115 mil funcionários.
Aprovaram a paralisação os empregados dos Correios em Alagoas, no
Amazonas, Ceará, Distrito Federal, em Goiás, Mato Grosso, na Paraíba, no
Paraná, em Pernambuco, no Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte,
Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e no
Tocantins. Em Minas Gerais e no Pará, a categoria já havia iniciado a
greve na semana passada.
O comando de negociação da Federação Nacional dos Trabalhadores em
Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) reivindica 43,7%
de reajuste, R$ 200 de aumento linear e piso salarial
de R$ 2,5 mil. Mas quatro sindicatos dissidentes (São Paulo, Rio de
Janeiro, Tocantins e Bauru), que se desfiliaram da federação, pedem 5,2%
de reposição, 5% de aumento real e reajuste linear de R$ 100.
A empresa sustenta que o índice de reajuste de 5,2% oferecido aos
trabalhadores garante o poder de compra e repõe a inflação do período,
diz a ECT em seu blog institucional. Os Correios informam ter um plano
de contingência para manter a prestação de serviços à população.
Segundo a ECT, há um plano com medidas como a realocação de empregados das áreas administrativas, a contratação
de trabalhadores temporários e a realização de horas extras e mutirões
para triagem e entrega de cartas e encomendas nos fins de semana. Em
nota, a assessoria da empresa diz que apenas os itens econômicos da
pauta de reivindicações dos sindicatos, se atendidos, gerarão acréscimo
até R$ 25 bilhões na folha, cuja previsão de receita é R$ 15 bilhões
para 2012.
Fonte: Agência Brasil
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