terça-feira, 25 de setembro de 2012

Ministro Alexandre Padilha recebe pedido de intervenção na saúde do RN

Na manhã da próxima quarta-feira (26), os presidentes do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d´Avila; do Conselho Regional de Medicina (Cremern), Jeancarlo Fernandes Cavalcante; e o vice-presidente da Federação Nacional dos Médicos, Otto Batista, se reúnem com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para entregar relatório solicitando a intervenção federal na saúde pública do Rio Grande do Norte.
A reunião deve acontecer às 11h. A decisão de pedir a intervenção do Ministério da Saúde foi tomada na semana passada, após inspeção realizada pelas entidades médicas no Hospital Walfredo Gurgel, seguida de reunião com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e com o secretário de Saúde, Isaú Gerino. Durante a visita, constatou-se que, só no setor de ortopedia, 92 pacientes se espalhavam pelos corredores.
Além de pedir a intervenção federal, os conselhos e a Fecam pretendem denunciar a situação à imprensa de outros países e às entidades internacionais de saúde pública.
Sem vagas
O mais recente problema no Walfredo Gurgel são cinco pacientes que foram operados e deveriam ir para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas, como não há vagas, estão ficando no Centro Cirúrgico, que deveria estar liberado para novas operações.
“São pacientes gravíssimos. Eles estão sendo ventilados com carrinhos de anestesia e correm risco de morte. Enquanto isso, outros pacientes que deveriam ser operados têm que ficar na fila porque o Centro Cirúrgico está ocupado”, afirma o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed), Geraldo Ferreira.
Com a situação, os médicos anestesistas, que teriam a função de cuidar dos pacientes durante as cirurgias, estão sendo obrigados a tomar conta dos já operados. No total, segundo Geraldo Ferreira, há 35 doentes em locais inadequados dentro do Hospital Walfredo Gurgel.
“É um crime de omissão. Não há outra forma de resolver esses problemas a não ser via intervenção federal. Caso aprove o pedido, o Ministério deverá mandar recursos e equipe técnica, além de preparar um planejamento de ações de curto, médio e longo prazo”, afirma o presidente.
Outro lado
A assessoria de imprensa do HWG confirma a falta de vagas e diz que os pacientes serão encaminhados a locais de internação assim que o houver disponibilidade.
E o pedido de intervenção é contestado pelo Governo do Estado, que afirma já ter um plano em andamento, apoiado pelo Ministério da Saúde, para solucionar a crise. De acordo com o Governo, o Plano de Enfrentamento dos Serviços de Urgência e Emergência do RN tem prazo de 6 meses e foi anunciado no início de julho, estando dentro do prazo.

do jornal de fato

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