Quase 40% das autoescolas que funcionam no Rio
Grande do Norte foram advertidas pela Controladoria Regional de Trânsito
(CRT) do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Rio Grande do
Norte. Uma das infrações mais comuns, detectadas ao longo deste ano, foi
a ausência de alunos nas salas de aula. Apenas 11% foram suspensas ou
cassadas. Esse era um dos ramos de atuação da quadrilha que foi presa acusada de vender carteiras de habilitação no estado.
Os dados foram divulgados, nesta quarta (19), pelo Detran do RN. Na
atividade de fiscalização dos Centros de Formação de Condutores (CFCs),
que são as chamadas autoescolas, foram constatadas irregularidades em 31
dos 86 estabelecimentos que funcionam em território potiguar. Dessas,
apenas seis tiveram seus direitos suspensos por um prazo de 30 dias e
três tiveram seus direitos cassados. Conforme destacou o diretor-geral
do Detran, Willy Saldanha, a irregularidade mais comum foi a ausência
dos alunos na sala de aula (uma das quatro etapas necessárias para a
aquisição da carteira de habilitação).
Conforme a investigação feita pelo Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual do
RN, o
candidato poderia pular todas as etapas obrigatórias para quem pleiteia
conseguir a carteira de habilitação, pagando valores que variavam entre
R$ 250,00, até R$ 4 mil. A quadrilha possuía até uma
espécie de tabela com os valores dos “serviços” que eram oferecidos.
Aulas para o psicoteste, que avalia se o interessado tem condições
psicológicas, custavam R$ 200,00. Caso quisesse aprovação no teste do
volante, mais R$ 250,00 eram cobrados.
do JORNAL DE FATO.
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