Servidores do Instituto Técnico-Científico
de Polícia (Itep) em greve passaram o dia acampados em frente à sede do
órgão em Mossoró. Essa mesma mobilização já havia sido realizada em
Natal e Caicó. Deflagrada no dia 22 de agosto e iniciada no dia 3 deste
mês, a paralisação se deve ao não andamento das negociações, com o
Governo do Estado acerca da Lei Orgânica e Estatuto do Itep.
O
diretor executivo do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da
Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sinpol/RN), José Erivan
Fernandes, comenta que os servidores estão aguardando audiência de
conciliação que será promovida pelo Tribunal de Justiça (TJ/RN), amanhã,
para decidir o futuro da paralisação.
"O Governo do Estado pediu a
ilegalidade da greve ao Judiciário. No entanto, o desembargador decidiu
pela audiência de conciliação entre as partes, além de determinar que o
Estado se abstivesse de aplicar sanções ao sindicato e aos servidores",
afirma o diretor executivo do Sinpol/RN.
Com a greve dos servidores
do Itep, somente os serviços essenciais estão funcionando como o
recolhimento de cadáveres, perícia em locais de flagrante e exames de
conjunção carnal. Com 22 dias de paralisação, 2.100 carteiras de
identidade deixaram de ser expedidas pelo órgão.
O sindicalista ainda
avalia que a não existência da lei que regulamenta o Itep prejudica o
órgão, que já tem 94 anos. "A maioria dos funcionários que trabalham no
Instituto não deveria estar aqui. O governo acaba usando o Itep como
cédula eleitoral", declara José Erivan.
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