Em coletiva realizada na sede do Sindicato dos Policiais Civis e
Servidores da Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sinpol/RN), na
manhã desta sexta-feira (28), o presidente do sindicato, Djair de
Oliveira, anunciou que as atividades do ITEP serão paralisadas em 100%
no dia 5 de outubro, caso o governo não acate as reivindicações da
categoria, que luta pela implantação do Estatuto e Lei Orgânica do
órgão.
“Vamos paralisar sim as atividades, porque o governo está agindo de
forma ditatorial e abusiva com a categoria”, frisou Djair. Com a medida,
serão suspensos os serviços essenciais, como remoção de cadáver,
necropsia e atendimento de flagrante.
“É importante deixar claro que o órgão não quer isso, mas o governo não
abre espaço para outra alternativa, não quer negociar, e se até a
sexta-feira (5) continuar assim vamos suspender esses atendimentos
também”, lembrou Djair. Desde o dia 3 de setembro o ITEP funciona apenas
com 30% da sua capacidade, respeitando a Lei de Greve.
Na última quarta-feira (26), em audiência realizada do Tribunal de
Justiça, a greve do ITEP foi tida como ilegal, recorrendo sob o órgão
multa diária de R$ 50 mil. “Nós já entramos na justiça para derrubar
essa decisão, porque entendemos que a greve é legal”, disse.
Djair explicou que o movimento segue de forma pacífica, porém firme.
Segundo ele, a implantação da Lei Orgânica e do Estatuto irá moralizar o
órgão. “Hoje o ITEP funciona como cabide de emprego para pessoas
agraciadas por políticos, queremos acabar com isso. O Estatuto vai
moralizar o órgão, fazendo com que as pessoas que entrem para trabalhar
lá entrem como concursadas”, disse.
Como exemplo, o presidente do Sinpol/RN citou a transferência da técnica
de saúde, Flávia Dulcilla Macedo Barreto Cavalcanti, que foi
transferida da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), para o
ITEP. “É isso que precisamos acabar. Isso acontece direto, inclusive,
temos a informação que essa pessoa é prima da governadora Rosalba”,
destacou.
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