quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Sozinhos, PSDB e DEM 'não têm chances' de vitória em 2014, diz Agripino

O presidente nacional do DEM, o senador potiguar José Agripino, acha que a oposição só terá chance de vitória em 2014 se ampliar a minguada coligação de partidos que hoje são contra a administração federal do PT. Mas o líder do Democratas não sabe ainda como fazer para atrair mais legendas além da sua própria, do PSDB e do PPS.
Em entrevista nesta terça-feira (4) ao "Poder e Política", projeto da Folha e do UOL, Agripino afirmou que a presença de Eduardo Campos (PSB) na corrida presidencial é importante para ajudar a oposição. O recado principal do dirigente do Democratas é que há ainda um caminho longo para viabilizar um nome competitivo na disputa de 2014, quando a presidente Dilma Rousseff deve disputar a reeleição.
Ao comentar as chances do principal postulante do PSDB para o Planalto, o senador Aécio Neves (MG), Agripino fez um comentário cético: "É um nome da melhor qualidade. Agora, o que é preciso não é ter candidato. É ter candidato para ganhar a eleição".
Aécio Neves não é para ganhar eleição? "Pode ser. Eu tenho a consciência que só as oposições unidas não têm chances na medida certa para começar uma campanha com perspectiva real de vitória neste momento", responde Agripino.
A atração de partidos do campo governista dependeria do grau de insatisfação dessas siglas com o tratamento que recebem do PT. O presidente do DEM diz manter contatos com PMDB, PSB e PP, todas legendas pró-Dilma. "Se existe diálogo, existe perspectiva de entendimento", afirma.
Mas tudo está no campo das conjecturas. "Fixar neste momento, em dezembro de 2012, que a perspectiva de aliança pode ser com A, com B e com C, seria até excesso de pretensão de minha parte", declara Agripino.
Numa política de boa vizinhança com o PMDB, o DEM vai apoiar os nomes dessa legenda para presidir as duas Casas do Congresso. A eleição é em 1º de fevereiro e os nomes peemedebistas são Henrique Alves (RN) na Câmara e Renan Calheiros (AL) no Senado.
A atitude do DEM visa a manter um bom relacionamento congressual com o PMDB, o maior partido do país. Ficar a postos para o caso de os peemedebistas se sentirem preteridos pelo PT dentro do governo Dilma.
O DEM encolheu ao longo da última década. Hoje, tem apenas 28 deputados e é apenas a 7ª maior bancada da Câmara. Agripino quer chegar a 40 deputados e a 6 senadores em 2014. Mas não cita nomes novos como puxadores de votos. Só políticos tradicionais da legenda, que estão sem mandato e voltarão às urnas daqui a dois anos, como Marco Maciel, Moroni Torgan, José Carlos Aleluia e Paulo Souto.

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