de O mossoroense
No dia 5 de outubro Wanderson Diniz Lima foi flagrado pela Polícia
Federal após denúncia de que estaria trocando votos para a candidata
Cláudia Regina (DEM) em troca de cupons que valiam R$ 50 em cimento na A
Kanaã Construções, localizada no Alto do Sumaré. O caso se tornou
objeto de ação de cassação de registro de candidatura da representante
do DEM.
Exatos 17 dias após o flagrante, o mesmo Wanderson Diniz Lima assinou
contrato no valor de R$ 3.472.530,88. A informação consta no Jornal
Oficial de Mossoró (JOM) na edição de 9 de novembro de 2012.
Ele
representou a empresa W.S. E - CONTRUÇÕES E PAVIMENTAÇÃO LTDA, inscrita
no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) com o número
09.534.535/0001-17.
A empresa foi contratada com a finalidade de pavimentar ruas nos bairros Santo Antônio e Barrocas.
O
nome de Wanderson aparece no JOM fazendo negócios com a Prefeitura de
Mossoró em outras quatro edições da publicação: 19 de agosto de 2011, 29
de setembro de 2011, 21 de outubro de 2011 e 24 de agosto de 2012.
Nessas oportunidades ele assinou aditivos para trabalhos de pavimentação
de ruas da cidade. No entanto, os valores não foram apresentados.
Foram
inseridos no JOM de 24 de agosto aditivo à pavimentação de ruas dos
bairros Aeroporto, Nova Betânia, Doze Anos, Barrinha, Jucuri, Dix-sept
Rosado, Lagoa do Mato, Alto da Conceição, Boa Vista, Belo Horizonte,
Santo Antônio, Redenção, Abolição, Santa Delmira, Pau Branco, Costa e
Silva, Rincão, Pintos, Dom Jaime Câmara, Passagem de Pedras, Ilha de
Santa Luzia, Alto de São Manoel, Planalto 13 de Maio, Alto do Sumaré,
Bom Jesus, Paredões, Centro, Bom Jardim e Barrocas. O detalhe é que as
ruas não foram detalhadas nem foi especificado quantos metros quadrados
de paralelepípedo seriam usados.
Na edição de 21 de outubro de 2011
tratou da reforma do Colégio Evangélico Leôncio José de Santana; na de
29 de setembro de 2011, foi prorrogado o prazo para a construção de
unidades sanitárias e a prorrogação do prazo para a pavimentação da rua
Isabel Ferreira da Silva, no loteamento Cidade Nova, bairro Nova
Betânia.
Procurador diz que indicação de Wanderson foi de empresaA
reportagem do O Mossoroense fez contato com o procurador-geral do
município, Edmar Moura, para que ele apresentasse a versão da Prefeitura
de Mossoró sobre a negociação com uma pessoa envolvida em denúncia de
compra de votos.
Ele disse que a Prefeitura de Mossoró assinou um contrato com uma
pessoa jurídica e não tem como escolher quem vai representar as empresas
que prestarão serviços ao município. "Os contratos são feitos com a
pessoa jurídica. Não cabe ao município escolher quem vai assinar.
Legalmente a gente não tem como impedir isso", explicou.
Sobre o fato
de os contratos aditivos não apresentarem os valores, Edmar disse que
geralmente nessas circunstâncias não há a necessidade de colocar
valores. "Às vezes o aditivo é apenas de prazo e não é preciso colocar o
valor porque este não foi alterado", explicou.
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