sábado, 1 de dezembro de 2012

Prefeitura celebra contrato de mais de R$ 3 milhões com envolvido em compra de votos

de O mossoroense

No dia 5 de outubro Wanderson Diniz Lima foi flagrado pela Polícia Federal após denúncia de que estaria trocando votos para a candidata Cláudia Regina (DEM) em troca de cupons que valiam R$ 50 em cimento na A Kanaã Construções, localizada no Alto do Sumaré. O caso se tornou objeto de ação de cassação de registro de candidatura da representante do DEM.

Exatos 17 dias após o flagrante, o mesmo Wanderson Diniz Lima assinou contrato no valor de R$ 3.472.530,88. A informação consta no Jornal Oficial de Mossoró (JOM) na edição de 9 de novembro de 2012.
Ele representou a empresa W.S. E - CONTRUÇÕES E PAVIMENTAÇÃO LTDA, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) com o número 09.534.535/0001-17.
A empresa foi contratada com a finalidade de pavimentar ruas nos bairros Santo Antônio e Barrocas.
O nome de Wanderson aparece no JOM fazendo negócios com a Prefeitura de Mossoró em outras quatro edições da publicação: 19 de agosto de 2011, 29 de setembro de 2011, 21 de outubro de 2011 e 24 de agosto de 2012. Nessas oportunidades ele assinou aditivos para trabalhos de pavimentação de ruas da cidade. No entanto, os valores não foram apresentados.
Foram inseridos no JOM de 24 de agosto aditivo à pavimentação de ruas dos bairros Aeroporto, Nova Betânia, Doze Anos, Barrinha, Jucuri, Dix-sept Rosado, Lagoa do Mato, Alto da Conceição, Boa Vista, Belo Horizonte, Santo Antônio, Redenção, Abolição, Santa Delmira, Pau Branco, Costa e Silva, Rincão, Pintos, Dom Jaime Câmara, Passagem de Pedras, Ilha de Santa Luzia, Alto de São Manoel, Planalto 13 de Maio, Alto do Sumaré, Bom Jesus, Paredões, Centro, Bom Jardim e Barrocas. O detalhe é que as ruas não foram detalhadas nem foi especificado quantos metros quadrados de paralelepípedo seriam usados.
Na edição de 21 de outubro de 2011 tratou da reforma do Colégio Evangélico Leôncio José de Santana; na de 29 de setembro de 2011, foi prorrogado o prazo para a construção de unidades sanitárias e a prorrogação do prazo para a pavimentação da rua Isabel Ferreira da Silva, no loteamento Cidade Nova, bairro Nova Betânia.
Procurador diz que indicação de Wanderson foi de empresaA reportagem do O Mossoroense fez contato com o procurador-geral do município, Edmar Moura, para que ele apresentasse a versão da Prefeitura de Mossoró sobre a negociação com uma pessoa envolvida em denúncia de compra de votos.
Ele disse que a Prefeitura de Mossoró assinou um contrato com uma pessoa jurídica e não tem como escolher quem vai representar as empresas que prestarão serviços ao município. "Os contratos são feitos com a pessoa jurídica. Não cabe ao município escolher quem vai assinar. Legalmente a gente não tem como impedir isso", explicou.
Sobre o fato de os contratos aditivos não apresentarem os valores, Edmar disse que geralmente nessas circunstâncias não há a necessidade de colocar valores. "Às vezes o aditivo é apenas de prazo e não é preciso colocar o valor porque este não foi alterado", explicou.
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