quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Primeira previsão oficial para 2013 aponta 40% de chances de chuvas abaixo da média

Meteorologistas de vários estados do Nordeste estiveram reunidos, no início desta semana, na Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), em Campina Grande (PB), analisando dados climatológicos com o objetivo de elaborar a previsão do tempo para o primeiro trimestre de 2013 no setor norte da região Nordeste.
A previsão, segundo o meteorologista José Espínola, professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), não é muito animadora. "O relatório final do evento aponta 40% de chances de termos chuvas abaixo da média, 35% de chuvas em torno da média e 25% de chuvas acima da média. Então a previsão é de um inverno de médio a abaixo de médio para a nossa região", explica o meteorologista.
No entanto, José Espínola afirma que o período chuvoso, que vai de fevereiro a maio, ainda está distante e a previsão pode mudar. "É preciso ter muito cuidado com essa primeira previsão porque a probabilidade de acerto é baixa, já que muita coisa pode mudar. No próximo mês, os meteorologistas irão se reunir no Ceará, e nós vamos corrigindo e melhorando a previsão. Em fevereiro, a reunião será no Rio Grande do Norte e a previsão será bem mais confiável", comenta o meteorologista.
Apesar de a previsão não ser muito otimista, o professor da Ufersa destaca que ela já foi pior. "Há um mês, a previsão climática para a região estava bem pior, então a esperança é que melhore. Apesar da previsão, não acreditamos que o ano será tão seco quanto 2012, quando tivemos uma das piores secas dos últimos cem anos", revela José Espínola.
O professor explica que a média de chuvas de Mossoró é de 687,8 milímetros no ano. Em 2012, choveu somente 198,9 milímetros, o que caracterizou o período como extremamente seco. "O ano foi muito seco em Mossoró, mas em outras localidades do Estado foi ainda pior", comenta o meteorologista.
Para a primeira previsão oficial, os meteorologistas interpretaram fenômenos como a circulação dos ventos na atmosfera, temperatura das águas dos oceanos, Zona de Convergência do Atlântico Sul, El Niño e La Niña. Eles também usaram modelos matemáticos calculados em supercomputadores para traçar cenários, contando ainda com a ajuda de imagens de satélite. 

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