sábado, 1 de setembro de 2012

Presidente da Câmara de Assú é acusado de chefiar quadrilha responsável por 20 mortes

O Ministério Público Estadual do Rio Grande do Norte e a Polícia Civil se reuniram na manhã de ontem para detalhar a prisão do presidente da Câmara de Vereadores do Assú, Odelmo de Moura Rodrigues, acusado de envolvimento com quadrilha de pistolagem, responsável por pelo menos 20 homicídios, em 20 anos. O parlamentar é acusado também de ter encomendado, em 2011, a morte de um deputado do RN pela qual pagaria a importância de R$ 50 mil.
Segundo informações da Polícia Civil e do MP, a "Operação Malassombro", deflagrada na região do Vale do Açu, em janeiro deste ano, resultou na prisão de Odelmo de Moura Rodrigues e do irmão dele, Aureliano Rodrigues da Silva. A quadrilha cometia assassinatos por diversos motivos, que vão desde brigas pessoais até possíveis disputas econômicas e políticas. No entanto, nos últimos anos, também foram executados pistoleiros que "prestavam serviços" ao grupo, com o objetivo de "queima de arquivo".
O delegado Odilon Teodósio, titular da Divisão de Polícia do Oeste (Divipoe) e que comandou a operação, disse que um caso elucidado foi à morte de um homem identificado como Joaquim Gomes, que ocorreu no dia 29 de fevereiro de 2000.
"Joaquim, apontado como ex-pistoleiro do bando, teria sido morto no bairro de Petrópolis em Natal, por quatro elementos, entre eles o Aureliano Rodrigues, irmão do presidente da Câmara assuense. Uma testemunha reconheceu o irmão do parlamentar como um dos autores do crime", explicou.
Outro fato que reforçou a tese do MP e da Polícia Civil, de que o próprio grupo eliminava pistoleiros, foi a execução de dois criminosos em 2010 e 2011. Os dois teriam sido contratados para matar um deputado estadual que tem atuação não região e que cobrava das autoridades policiais uma investigação apurada sobre o homicídio do agropecuarista Oni Galdino, que ocorreu há dois anos e sete meses.
Como os dois pistoleiros não conseguiram executar o "serviço", foram mortos pelo próprio bando. "Eles foram contratados para matar o deputado e como não cumpriram, perderam a vida", contou Odilon Teodósio.

de O mossoroense

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