"Sobre isso eu não falo", foi esta a
resposta da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) à primeira indagação
feita pela mídia a respeito da crise envolvendo o governo dela e o PMDB.
A negativa foi dada ao blog da jornalista Anna Ruth Dantas, hospedado no site da Tribuna do Norte.
Desde
a semana passada que o ministro Garibaldi Filho e outras lideranças do
PMDB sinalizam para a possibilidade de rompimento com a chefe do
Executivo estadual.
Além do aviso que a sigla vai se reunir para
definir se segue ou não na base do governo, os peemdebistas estão
admitindo a necessidade da sigla voltar a disputar o Governo do Estado. O
nome mais lembrado é o do ministro Garibaldi.
Em contato com o blog
da jornalista Thaisa Galvão, Garibaldi deu a dica da origem das
declarações: seria uma pressão do Palácio do Planalto que vê o PMDB
sendo o único da federação a ser aliado do DEM no país. "Na última
reunião-jantar no Palácio da Alvorada, com presença da presidente Dilma,
o ministro Aloízio Mercadante (PT) andou levantando essa questão. Mas
não só em relação ao Rio Grande do Norte. Ele disse 'vamos ver se nos
estados as relações serão mais compatíveis, mais homogêneas com o
Planalto. Como o PMDB com o PT'. Eu não sei em outros estados como está,
mas Aloízio levantou isso na frente de Dilma", relatou.
O ministro
já tinha mandado avisar que não será candidato a governador. Na
entrevista ele disse que vê com bons olhos uma candidatura própria do
PMDB. "Eu acho que o ideal seria isso, ter um candidato próprio ao
governo. Mas a gente não pode correr o risco de ter candidato próprio
sem ter um candidato forte, viável. Porque a auto estima vai lá pra cima
e depois o resultado não corresponde. Mas, como eu disse, eu não quero
antecipar esse assunto porque não vou oferecer meu nome", frisou.
Ele
disse que a insatisfação do PMDB com o governo do DEM vem das bases. "O
que vem dificultando é que a gente vem constatando junto a lideranças
políticas, principalmente nos municípios, que não está se constatando
uma mudança de atitude por parte do governo. Está faltando mais atenção
por parte do governo, Veja bem. Os prefeitos estão assim, os deputados
estaduais também. O episódio das emendas que não estão sendo liberadas,
as emendas estaduais. E quando são liberadas é em número muito pequeno,
aquém do esperado. E na verdade eu fico preocupado, sendo redundante,
com relação à relação", concluiu.
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