A CNTE lamenta, profundamente, a decisão do plenário da Câmara dos
Deputados que rejeitou, nesta terça-feira (6), o substitutivo do dep.
Carlos Zarattini prevendo a destinação de 100% dos royalties do petróleo
para a educação.
O descompromisso do Congresso Nacional com a universalização e a
qualidade da educação pública revela os bastidores de uma luta de
classes intensa, em que as elites nacionais continuam a ditar as regras
no parlamento.
Todo o processo de discussão e votação dos royalties foi liderado
pela oposição, revelando a falta de coordenação política do Governo, que
foi quem propôs destinar os recursos para a educação.
Neste momento, a expectativa de cumprimento da meta 20 do PNE, que
estabelece o investimento mínimo de 10% do PIB na educação, corre sério
risco de não ser cumprida.
Nosso trabalho, daqui para frente, será de buscar a regulamentação
desses mesmos recursos dos royalties, além de outros, no processo de
instituição do Regime de Cooperação Financeira que visa dar sustentação
ao Custo Aluno Qualidade (CAQ).
No próximo ano, os estados e municípios não produtores de petróleo
receberão recursos extras dos royalties na ordem de R$ 8 bilhões. E a
CNTE e seus sindicatos filiados cobrarão mais investimentos na educação,
a começar pelo cumprimento integral da Lei do Piso do Magistério.
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