quarta-feira, 28 de novembro de 2012

“Carlos Eduardo faz política de cooptação”, afirma Fernando Mineiro


Petista quer partido independente do pedetista
O deputado estadual Fernando Mineiro (PT), terceiro colocado nas eleições para a Prefeitura de Natal, fez duras críticas aos convites para integrar o futuro governo, feitos pelo prefeito eleito Carlos Eduardo Alves (PDT) a militantes do partido. De acordo com reportagem do Novo Jornal, publicada nesta terça (27), o petista classifica essa postura do pedetista como “cooptação”, não parceria. No segundo turno, o PT decidiu pelo “apoio crítico” à candidatura de Alves.
“Eu esperava que ele não convidasse ninguém. Até porque o partido decidiu por unanimidade que não iria participar do governo. Ele não foi correto. Carlos Eduardo faz uma política de cooptação, não de parceria”, disparou Mineiro, segundo o Novo Jornal. O motivo principal da polêmica foi o convite de Carlos Eduardo ao médico Cipriano Maia, filiado ao PT, para assumir a Secretaria de Saúde.
Mas Mineiro cita também casos de filiados de outros partidos que teriam sido “cooptados” pelo pedetista, como a economista Virgínia Ferreira, coordenadora da equipe de transição, que deixou o PT no primeiro semestre, e do jornalista Sávio Hackradt, ex-PCdoB e atualmente no PDT, cotado para assumir o Gabinete Civil. “Não pode ser assim porque senão a pessoa acaba tendo uma relação com quem a convidou e não com o partido. Aí vira uma coisa muito personalista”, disse o petista, sempre ao Novo Jornal.
No último sábado, o PT natalense reiterou a decisão de não aceitar cargos no governo Carlos Eduardo. Mas já há vozes dentro do partido que defendem a revisão da decisão. O vereador eleito Hugo Manso, por exemplo, afirmou ao Novo Jornal que o momento atual é diferente. Uma coisa era o momento da eleição, em que optamos pelo voto crítico. Após a vitória, ele ligou para o partido convidando. Nossa decisão no processo eleitoral foi para não dar a entender que votaríamos num processo de barganha. Mas ele venceu e nos chamou. Acho que podemos rever nossa decisão”, disse Manso.

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