Do Congresso em Foco
No Senado, Renan Calheiros (PMDB)
resiste em confirmar sua candidatura. Mas seu colega na Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), está com sua candidatura confirmada e
com pelo menos nove partidos confirmados na sua campanha.
O bloco PR, PT do B, PRP, PHS, PTC, PSL e
PRTB, com 44 deputados, o PCdoB, com 15, e o PT – maior bancada da
Câmara, com 85 deputados – apoiam Alves. A esses, somam-se os 78
deputados do próprio PMDB.
Nas últimas semanas, a candidatura de
Júlio Delgado (PSB-MG), apontada como uma possibilidade real de vencer o
peemedebista, sofreu um revés. Era tido como certo o apoio do PSD,
quarta maior bancada da Câmara, ao socialista.
Porém, na semana passada o partido
passou a pender para Alves. Se for confirmada a adesão da nova legenda
ao atual líder do PMDB na Casa, a campanha de Delgado perde fôlego.
Acabou por pesar contra Júlio Delgado o
peso do ótimo desempenho do PSB nas eleições municipais. Como o PT
passou a acreditar que a estratégia do governador de Pernambuco,
Eduardo Campos, presidente do PSB, é começar a descolar seu partido do
petismo, para vir a se apresentar como alternativa em 2014 à sucessão
da presidenta Dilma Rousseff, a candidatura de Júlio Delgado passou a
ser vista como parte dessa estratégia.
Assim, o PT e o governo passaram a trabalhar intensamente para esvaziar tal possibilidade.
Ao contrário do Senado, o PMDB da Câmara
não tem a maior bancada. Por isso, para a candidatura de Alves
decolar, foi necessário um acordo em 2010. Os petistas, em troca do
apoio peemedebista a Marco Maia (PT-RS), comprometeram-se a abdicar da
candidatura, mesmo tendo o maior número de deputados.
Ao PT restará a primeira
vice-presidência, disputada internamente entre os deputados André
Vargas (PT-PR) e Paulo Teixeira (PT-SP).
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