terça-feira, 28 de agosto de 2012

RN tem 2ª menor taxa de sobrevivência do Nordeste

O Rio Grande do Norte apresenta a segunda pior taxa de sobrevivência empresarial da região Nordeste, empatado com Pernambuco e à frente apenas do Maranhão (71,8%).  A parcela de empresas que sobrevivem aos primeiros três anos de atividade no mercado potiguar chega a 74,1% - quando o ideal, segundo especialistas, seria de no mínimo 80%. Das 51.361 empresas que entraram em atividade em 2007, 38.039 continuavam ativas em 2010 no RN.

Os dados fazem parte do estudo Demografia das Empresas, o "Censo Empresa 2010", divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo traça um panorama do comportamento das empresas no Brasil e nas unidades da federação entre os anos de 2007 e 2010.   E revela ainda a alta rotatividade entre entrada e saídas das empresas do mercado.

No caso do Rio Grande do Norte, embora abaixo do ideal (taxa de sobrevivência de 80%), o diretor do curso de Gestão Financeira da Universidade Potiguar e conselheiro do Conselho Regional de Economia no Rio Grande do Norte, Janduir Nóbrega, analisa como "natural" a dinâmica do mercado, mediante a crise financeira na zona do Euro e nos Estados Unidos.  "A perda não é muito grande e está dentro da média regional", disse.

Contudo, acrescenta Nóbrega, é preciso, além do melhor acesso aos canais de recursos, a melhoria na gestão das empresas. "A taxa de mortalidade das empresas ainda é alta porque falta um plano de negócios, o empreendedor precisa conhecer o negócio. A falta de gestão aliada a crise causa o fechamento", afirma.

Em geral, reforça o analista do IBGE, Ivanilton Passos, a saída de atividade da maioria das empresas se dá pela "necessidade de capital,  alto custo da produção e dos financiamentos, bem como necessidade  de melhor  capacitação e conhecimento do mercado".  A esses fatores, acrescenta Passos, "se soma a excessiva carga tributária que contribui para o fechamento dessas empresas".

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