terça-feira, 21 de agosto de 2012

Família Alves, que comanda o PMDB, está em rota de colisão com a governadora Rosalba Ciarlini

A família Alves, que comanda o PMDB potiguar através das lideranças do deputado federal Henrique Alves e do ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho, está em rota de colisão com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM).
A informação contrasta as manifestações da dupla que veio a Mossoró no final de semana participar da campanha da vereadora Cláudia Regina (DEM), que disputa a Prefeitura.
Nos bastidores a situação é completamente inversa. Por várias semanas, Garibaldi relutou em vir a Mossoró. A governadora Rosalba Ciarlini precisou ir a Brasília conversar com o ministro que expôs as mágoas dele. Conforme vazou para a imprensa natalense, Garibaldi chegou a dizer que só não romperia com ela porque não queria brigar com Henrique, que é contra uma atitude dessas em plena campanha eleitoral.
Os motivos para a insatisfação são vários. As secretarias ocupadas pelo PMDB estão esvaziadas. Um exemplo: o Programa do Leite saiu da Secretaria Estadual de Trabalho, da Habitação e Ação Social comandada pelo peemedebista Luís Eduardo Carneiro, homem de confiança de Garibaldi. Outro fato que magoou Garibaldi foi o descumprimento do acordo que levaria o filho dele, o deputado estadual Walter Alves, ao comando da Assembleia Legislativa.
Na outra ponta das insatisfações do PMDB está o deputado federal Henrique Alves. Ele foi uma das vozes a sair em defesa do deputado estadual Ezequiel Ferreira de Sousa, que foi destituído da presidência estadual do PTB. Por conta disso, foi alvo de censura de parte do secretário estadual de Agricultura, Betinho Rosado, cunhado de Rosalba. O secretário lembrou que Henrique já cometeu atos semelhantes ao de Benito Gama nos diretórios municipais.
Em entrevista ao jornal O Poti, Henrique Alves criticou a articulação política do governo Rosalba. "O governo tem enfrentado grandes dificuldades herdadas do governo passado, conforme ela revela. Mas já está em tempo de mostrar realizações que ela espera efetivar no segundo semestre. Apesar das dificuldades, acho que falta uma melhor coordenação política ao governo, que faça uma edificação melhor de sua base, inclusive com mais entendimento onde nós possamos ajudar. O PMDB está disposto a isso", disparou.
Na mesma entrevista, Henrique afirmou que o conselho político do qual ele fazia parte foi dissolvido por "inanição". "Se formou com essa intenção, discutir e propor soluções. Houve duas ou três reuniões iniciais e não mais foi chamado. Era uma boa intenção, mas eu lamento. Acho que era um caminho sério. Tínhamos dois ex-governadores experientes, Agripino e Garibaldi, entre outros. O conselho se dissolveu na prática no momento em que se forma e não se reúne de forma ordenada. Se dissolveu por inanição. Não deram a ele a devida importância e a sua proposta", analisou.

de O mossoroense

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