No último dia 10, o jornal O Mossoroense
publicou reportagem evidenciando os problemas que os professores
aprovados e convocados no último concurso público promovido pela
Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seec) estão enfrentando
devido ao atraso em seus proventos. Na época, a titular da Seec,
professora Betânia Ramalho, informou que os docentes receberiam seus
salários até o dia 15, quarta-feira passada, mas até agora os valores
não foram depositados nas contas dos profissionais.
"Ninguém pode
imaginar as consequências disso pra gente. Esse atraso tem causado
sérios transtornos. Eu, por exemplo, moro em Mossoró, mas estou lotado
na 11ª Diretoria Regional de Educação, Cultura e Desporto (Dired) em
Assu, e tenho tido gastos com locomoção, combustível, tirando do bolso
sem ter", lamenta o professor Márcio Manoel.
A assessoria de
comunicação da Seec confirmou que os recursos destinados aos pagamentos
dos professores empossados no início do ano ainda não foram liberados.
Segundo o órgão, o problema se deve ao fato de que os processos de
efetivação dos novos servidores ainda não foram concluídos pela
Secretaria de Estado de Administração e Recursos Humanos (Searh), mas
que o pagamento será feito no final deste mês, junto com a folha de
agosto. "Eles também receberão os salários retroativos correspondentes a
todos os meses trabalhados", destaca a assessoria.
Segundo o
professor Márcio Manoel, sua documentação é uma das que estão com
problema, por isso seu processo retornou à 11ª Dired. "Eles justificam
que os salários ainda não foram pagos devido à burocracia. Eu costumo
dizer que isso é uma 'burrocracia', coisa de louco ninguém ter recebido
um centavo até agora", diz.
Segundo a assessoria, questões
administrativas fizeram com que alguns processos não ficassem prontos a
tempo do pagamento ser efetuado no dia 15. "São questões
administrativas, burocráticas, que envolvem a contratação de novos
servidores no âmbito estadual. A Secretaria de Educação até tentou
tornar esse procedimento mais rápido, mas não foi possível", conclui a
assessoria.
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