A Petrobras informou na noite desta terça-feira (29) que os preços da
gasolina e do diesel serão reajustados a partir de amanhã nas
refinarias.
O reajuste será de 6,6% para a gasolina A e de 5,4% para o diesel na média do país, segundo comunicado da empresa.
Esses percentuais vão incidir sobre os preços de venda dos produtos às
distribuidoras e não representam o exato aumento ao consumidor.
Segundo o Sindicom (sindicato dos distribuidores de combustíveis),
haverá repasse do reajuste para os consumidores. Os proprietários,
entretanto, ainda não sabem qual será o impacto do aumento na bomba.
Segundo a estatal, o reajuste anunciado não inclui os tributos federais
Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) e PIS/Cofins e o
tributo estadual ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços).
"Esse reajuste foi definido levando em consideração a política de preços
da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores
praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo
prazo", informou a Petrobras, em nota.
IMPACTO
Desde o ano passado a Petrobras amarga fracos resultados em seus
balanços trimestrais por não reajustar o preço dos combustíveis porque
os preços no Brasil estão defasados em relação aos praticados no mercado
externo.
A presidente da estatal, Graça Foster, já defendeu publicamente o
reajuste e negociava com o governo o aumento, embora evitasse falar em
uma data.
O governo autorizou o reajuste diante da queda do preço da energia
elétrica ao consumidor, que trará alívio à inflação e compensará o
aumento da gasolina --o peso do diesel no IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo), índice oficial do governo, é muito pequeno.
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