O reitor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), professor
José de Arimatea de Matos, entregou documento ao ministério da
Educação, Aloizio Mercadante (PT), solicitando a criação e implantação
do curso de Medicina na instituição.
O encontro do reitor com o ministro ocorreu em Brasília, esta semana, segundo a Assessoria de Comunicação Social da Ufersa.
Mercadante disse que a Ufersa teria o curso de Medicina e autorizou a
entrega do documento ao Secretário de Educação Superior. Segundo o
reitor, o documento foi recebido pela Secretaria de Educação Superior
(SESU) e será encaminhado para a avaliação da Comissão Nacional criada
para analisar a oferta de vagas de Medicina no Brasil.
A Ufersa é a única universidade federal que não possui um curso de
Medicina. Além desse fato, no documento são relatados dados do
Ministério da Saúde que mostram que a mesorregião do Oeste Potiguar
representa 26% da população do estado, mas que em quantitativo de
médicos para cada dez mil habitantes possui a metade do estado.
“Enquanto no estado a média é de 15 médicos para 10 mil habitantes, a
mesorregião tem 8 médicos para 10 mil habitantes”, frisou.
De acordo com o reitor, outros índices reafirmam a necessidade da
criação do curso em Mossoró, como o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) e o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IDM) de Mossoró
que são considerados acima da média e o Índice de Educação considerado
moderado, mas acima da média do RN. “No entanto, o Índice de
Desenvolvimento da Saúde está entre os piores do estado”, ressaltou.
Outro dado do Ministério da Saúde relatado no documento é a
disponibilidade atual de 667 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) para
Mossoró. “Quando tomei posse fiz a solicitação ao Ministro Aloizio e
ele explicou que para a efetivação do curso de Medicina, Mossoró precisa
ter cinco leitos ofertados ao SUS para cada vaga ofertada”, relembra o
professor. Somando as 26 vagas atualmente disponibilizadas pela UERN com
as 45 vagas que foram solicitadas para a UFERSA, ficam 9,5 leitos para
cada vaga ofertada, o que representa quase o dobro de leitos
solicitados.
Após a oficialização do pedido, o reitor agora conclama a bancada
federal no sentindo de reinvidicar politicamente a criação do curso
junto ao Ministério da Educação. “Agora é somar esforços, pois, fizemos a
nossa parte ao apresentar uma justificativa técnica ao MEC”.
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