domingo, 27 de janeiro de 2013

Médicos realizam Marcha do Fio de Aço para denunciar problemas da saúde no Estado


Mobilização seguiu em direção ao Hospital Walfredo Gurgel
O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed/RN) promoveu na manhã deste sábado (26) mais um ato de manifesto contra a precariedade na saúde pública do Estado. A Marcha Fio de Aço foi também uma resposta ao governo que denunciou o médico Jeancarlo Cavalcanti, ao Conselho Federal de Medicina, após ele divulgar vídeo de um paciente no Hospital Walfredo Gurgel, no momento de uma cirurgia em que faltava fio de aço para fechar a fissura de uma vítima de facada.
“É sim uma resposta ao governo, porque quando aguardávamos soluções, o governo resolveu levar o problema da saúde para o lado pessoal, quis criminalizar um profissional e nossa categoria está nas ruas para alertar a população do caos que passa a saúde pública do Rio Grande do Norte”, disse o presidente do Sinmed/RN, Geraldo Ferreira.
Centenas de médicos se reuniram em frente à Associação Médica, na Avenida Hermes da Fonseca, no bairro do Tirol, e de lá seguiram em direção ao Hospital Walfredo Gurgel. Com um caixão os médicos simbolizaram a morte da saúde pública do Rio Grande do Norte. A mobilização contou com o apoio do Conselho Regional de Medicina e lideranças políticas que estavam presentes.
O médico que postou o vídeo, Jeancarlo Cavalcanti, que é presidente do CRM esteve presente e explicou por que publicou o vídeo do paciente. “Ali é apenas a ponta do iceberg,  a saúde do Rio Grande do Norte está um caos. Nós já havíamos denunciado na Justiça Estadual e nada tinha sido feito, era preciso alertar a sociedade. Não temos condições de trabalhar sem o básico”, relatou.
A greve dos médicos já dura nove meses e segundo Geraldo Ferreira não tem previsão para acabar. “Lutamos por melhores condições de trabalho, por um piso digno e pela carreira médica, mas o governo fecha os olhos para essa questão. A greve continua e vamos continuar fazendo mobilizações como essa para mostrar à sociedade a realidade da saúde no Estado”, finalizou.

do jornal de fato

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