As conversas em grupo ou individual com os líderes estaduais do PMDB
não indicam, necessariamente, que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM)
irá efetivar uma mudança no secretariado, conforme se especula. Ontem,
quando cumpriu agenda administrativa em Mossoró, Rosalba afirmou que não
pretende mexer no quadro de auxiliares. “Não pretendo. (Isso pode
acontecer) gradativamente e de acordo com as novas necessidades. Se
houver. Mas não uma reforma grande ou uma readequação administrativa,
como estão falando. Este ano tem muita coisa acontecendo e muito mais
vai acontecer”, disse, descartando – até agora, a possibilidade de
alterações que possam atender partidos ou lideranças políticas.
O certo é que, embora refute a ideia de que possa fazer alterações de
grande porte no quadro de auxiliares, a governadora Rosalba Ciarlini
entrou no terceiro ano do mandato com a perspectiva de proporcionar
grandes realizações. E, para concretizá-las, ela necessariamente precisa
de suporte político. Principalmente em Brasília.
E é nesse ponto que entra o PMDB, que tem esperneado publicamente com
ameaça de rompimento já aprazada para o mês de março. Isso caso o
governo Rosalba Ciarlini não “apresente melhora”, como disse o ministro
da Previdência Social, senador licenciado Garibaldi Alves Filho (PMDB).
No final da semana passada, Rosalba Ciarlini almoçou com o deputado
federal Henrique Eduardo Alves, presidente estadual do PMDB. O teor do
encontro deles não se tornou público e a própria governadora tem evitado
comentar sobre as imposições feitas pelos peemedebistas, bem como do
que Henrique Alves e Garibaldi Filho pleiteiam.
Dos aliados que seguem com Rosalba, apenas o PR tornou público que não
tem interesse em rompimento. O presidente estadual da legenda, deputado
federal João Maia, afirmou em recente entrevista que o partido segue
alinhado politicamente com a governadora e que está inserido no projeto
relacionado às eleições de 2014.
Nesse sentido, especula-se que o PMDB teria duas reivindicações para
não romper: mais espaços no governo e a garantia de que terá, também,
espaço generoso na formação da chapa governista. Algo que, em se
tratando de política, não se pode descartar. Até agora, os peemedebistas
têm deixado entender que querem o controle da Secretaria Estadual dos
Recursos Hídricos e do Meio Ambiente (SERHID), cuja pasta gerenciará
mais de R$ 1 bilhão no programa RN Solidário, que será posto em prática
ainda neste ano e o qual envolverá ações para todas as áreas e que
estejam ligadas à cadeia produtiva do Rio Grande do Norte.
MST
Rosalba Ciarlini também afirmou que ainda não sabe como fará para
resolver a questão relacionada às famílias acampadas em trechos
localizados ao longo da RN-013, entre Mossoró e Tibau, a qual está sendo
duplicada. Perguntada sobre este problema, a governadora disse: “É algo
que preciso ver com Demétrio (Torres) – diretor do Departamento
Estadual de Estrada e Rodagem (DER). Não tratei isso com ele ainda.”
do jornal de fato
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