Prefeitos de diversos municípios comunicam oficialmente que, não vão
investir nenhum recurso publico na realização dos festejos de Carnaval
deste ano. Os prefeitos confirmaram ao Jornal De Fato que não vão
patrocinar a realização do Carnaval porque não existem recursos
disponíveis para a realização de eventos. Além disso, eles alegam que o
fato dos municípios se encontrarem em Estado de Emergência em
consequência da seca, foram orientados, a destinar todos os recursos que
poderiam ser utilizados no Carnaval para minimizar os efeitos da
estiagem junto a população.
O prefeito de Almino Afonso, Lawrence Amorim disse que recebeu
orientação do Ministério Publico e da Federação dos Municípios do Rio
Grande do Norte (Femurn) para evitar qualquer tipo de gasto com o
Carnaval. “Nossa cidade está prestes a entrar em colapso por
consequência da seca. O açude que abastece nossa cidade está com nível
muito baixo. Os recursos que forem obtidos pela prefeitura serão
destinados a reduzir os impactos da seca”, declara.
Situação ainda pior vive o prefeito de Felipe Guerra, Haroldo Ferreira,
que recebeu a prefeitura sem dinheiros e totalmente desestruturada.
Haroldo já disse que os recursos que forem chegando as contas do
município serão destinados a reestruturação da maquina publica.
”Chegamos a prefeitura sem dinheiro em caixa, com muitos débitos com
servidores e fornecedores e sem condições de funcionamento de serviços
básicos. Dessa forma não temos como pensar em investimentos para o
Carnaval”, esclarece.
Ele disse ainda, que a prefeitura não dispõe de nenhum veículo em
condições de uso. “Existe apenas uma ambulância velha e trator sem
condições de uso. Essa é a frota da prefeitura”, revela.
Apesar de receber um grande volume de recursos dos royalties, o município de Guamaré é outro que não vai promover o Carnaval.
O Hélio Willamy, o Helio de Mundinho (PMDB), publicou Decreto Municipal
de nº 002/2013, anunciando que não haverá investimento para realização
de Carnaval de rua na cidade. O prefeito disse que está levando em
consideração vários fatores, a deficiência do abastecimento de água na
cidade e as recomendações feitas pelo Ministério Publico Estadual (MPE),
e Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Ele acrescenta que mesmo com uma arrecadação acima da média, a gestão
não pode deixar de priorizar a solução dos problemas que afligem a
população.
“Não adianta fazer carnaval desobedecendo à recomendação judicial e faltando água na cidade”, afirma o prefeito.
Embora o Carnaval de Lajes seja considerada, a festa mais tradicional
da cidade na região central do RN, o prefeito Benes Leocádio já
oficializou que não vai investir nenhum recursos publico na realização
do evento. Benes que também preside a Femurn está emitindo orientação
aos municípios em Estado de Emergência a seguirem a orientação do MP e
TCE para não investirem recursos públicos na promoção de eventos. “Com a
perspectiva de redução de receita nos municípios nesse inicio de ano
não é recomendável a realização de gastos em evento festivos”, disse o
prefeito.
A prefeita de Santana do Matos, Lardjane Ciriaco (DEM), também oficializou a não realização do carnaval.
fonte jornal de fato
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