Um
dos destaques do cortejo Pingo da Mei-dia, abertura oficial do Mossoró
Cidade Junina, sábado passado, foi um ato público realizado por
servidores e estudantes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
(Uern), organizado pelo Comando de Greve Unificado, composto pela
Associação dos Docentes da Uern (Aduern), Sindicato dos
Técnicos-Administrativos da Uern (Sintauern) e Diretório Central dos
Estudantes (DCE).
O ato público teve o objetivo de mobilizar a
sociedade para a luta por uma Universidade mais valorizada, assim como
tornar públicos os motivos da atual greve. Munidos de faixas, bandeiras,
cartazes, apitos, os participantes entoaram palavras de ordem,
acompanhando os "paus de arara" e trios elétricos que levavam
representantes da classe política da cidade.
Segundo a Aduern, o
movimento atingiu seu objetivo de demonstrar a insatisfação dos que
fazem a Universidade perante o atual quadro da instituição, que enfrenta
a segunda greve em menos de sete meses. Durante o trajeto, os grevistas
foram recebidos com aplausos pelo público presente, numa explícita
demonstração de solidariedade à luta em defesa da Uern.
O ato público
contou com um grupo de alunos do Campus da instituição em Natal, que
chegou na manhã do sábado a Mossoró para apoiar a mobilização. Os
manifestantes atraíram atenção de boa parte do evento, e foi elogiado
por transformar o Pingo da Mei-Dia em um espaço cívico de reivindicação
em defesa da Universidade estadual.
Na semana passada, a Aduern
enviou ofício para o Governo do Estado, solicitando a abertura de novas
discussões com a equipe da administração estadual com o objetivo de
resolver o impasse, mas, até o momento, a instituição não obteve nenhuma
resposta. A greve foi deflagrada no último dia 3 de maio e irá completa
hoje 40 dias.
Para encerrar a paralisação, os servidores reivindicam
cumprimento de acordo, assinado em setembro de 2011, que previa o
reajuste de 10,65% para abril de 2012, a primeira parcela de um
escalonamento de três anos. Professores e técnicos-administrativos
reclamam que, além de não ter cumprido, o governo não assegura quando
pagará o aumento.
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