terça-feira, 26 de junho de 2012

Greve na Ufersa tem adesão de 65% dos servidores

A greve na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) continua forte. Segundo o Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior (Sintest/RN), 65% dos técnicos-administrativos estão parados. A situação é a mesma da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). As duas instituições acompanham a mobilização nacional de greve.
A paralisação foi deflagrada no último dia 11 e tem adesão de 53 universidades em todo o Brasil. Segundo o Sintest, esse número representa 80% das universidades federais brasileiras. Semana passada, o Conselho de Administração da UFRN aprovou nota de apoio à Greve e a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, participação servidores em estágio probatório.
A pauta de reivindicações é praticamente a mesma que motivou a última greve em 2011, com algumas novidades devido a medidas recentes do Governo, como a tentativa de reduzir o salário dos médicos dos Hospitais Universitários e a insalubridade e periculosidade dos servidores públicos (MP 568/12), segundo o sindicato.
O Sintest ressalta que tanto universidades quanto Institutos Federais (IFs) possuem a mesma lei de carreira, o que também trouxe servidores do IFRN para a greve. A pauta engloba piso de três salários mínimos e step de 5% (hoje o piso é de R$ 1.034); racionalização de cargos (corrigir a distorção de cargos que foram classificados abaixo do que realmente suas funções na prática realizam).
Os técnicos-administrativos também pleiteiam reposicionamento de aposentados (alguns aposentados, com a mudança de carreira, ficaram abaixo do nível que estavam na carreira anterior. Como estão aposentados não podem crescer mais e voltar ao último nível. Reposicionar significa colocar esses aposentados no último nível na atual carreira também);
Ainda mudança no Anexo IV (incentivos à qualificação horizontal e para todos. Hoje, não existe de modo igualitário para todos os trabalhadores, restringindo apenas a um grupo a possibilidade desse benefício na carreira, segundo o sindicato); além de isonomia salarial e de benefícios entre os três poderes (alimentação, creche, saúde e outros).
Os técnicos-administrativos são toda a força de trabalho das universidades, além dos professores. Essa categoria de profissionais da universidade alcança trabalhadores de níveis de escolaridade diferenciados, desde o nível de apoio até o nível superior, ou seja, tanto o ASG da Universidade quanto o médico do Hospital Universitário, por exemplo, são técnicos-administrativos. 

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