A greve na Universidade Federal Rural do
Semi-Árido (Ufersa) continua forte. Segundo o Sindicato Estadual dos
Trabalhadores em Educação do Ensino Superior (Sintest/RN), 65% dos
técnicos-administrativos estão parados. A situação é a mesma da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). As duas
instituições acompanham a mobilização nacional de greve.
A
paralisação foi deflagrada no último dia 11 e tem adesão de 53
universidades em todo o Brasil. Segundo o Sintest, esse número
representa 80% das universidades federais brasileiras. Semana passada, o
Conselho de Administração da UFRN aprovou nota de apoio à Greve e a
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, participação servidores em estágio
probatório.
A pauta de reivindicações é praticamente a mesma que
motivou a última greve em 2011, com algumas novidades devido a medidas
recentes do Governo, como a tentativa de reduzir o salário dos médicos
dos Hospitais Universitários e a insalubridade e periculosidade dos
servidores públicos (MP 568/12), segundo o sindicato.
O Sintest
ressalta que tanto universidades quanto Institutos Federais (IFs)
possuem a mesma lei de carreira, o que também trouxe servidores do IFRN
para a greve. A pauta engloba piso de três salários mínimos e step de 5%
(hoje o piso é de R$ 1.034); racionalização de cargos (corrigir a
distorção de cargos que foram classificados abaixo do que realmente suas
funções na prática realizam).
Os técnicos-administrativos também
pleiteiam reposicionamento de aposentados (alguns aposentados, com a
mudança de carreira, ficaram abaixo do nível que estavam na carreira
anterior. Como estão aposentados não podem crescer mais e voltar ao
último nível. Reposicionar significa colocar esses aposentados no último
nível na atual carreira também);
Ainda mudança no Anexo IV
(incentivos à qualificação horizontal e para todos. Hoje, não existe de
modo igualitário para todos os trabalhadores, restringindo apenas a um
grupo a possibilidade desse benefício na carreira, segundo o sindicato);
além de isonomia salarial e de benefícios entre os três poderes
(alimentação, creche, saúde e outros).
Os técnicos-administrativos
são toda a força de trabalho das universidades, além dos professores.
Essa categoria de profissionais da universidade alcança trabalhadores de
níveis de escolaridade diferenciados, desde o nível de apoio até o
nível superior, ou seja, tanto o ASG da Universidade quanto o médico do
Hospital Universitário, por exemplo, são técnicos-administrativos.
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