Há 51 dias, professores e estudantes da Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte (UERN) vivem num impasse com o Executivo Estadual.
Apesar do discurso do procurador-geral do Estado, Miguel Josino Neto,
enfatizar que o Governo do Estado está aberto ao diálogo com os docentes
grevistas, até agora nenhuma reunião com os representantes da classe e o
titular da Secretaria Estadual de Administração e Recursos Humanos
(Searh), Alber da Nóbrega, foi realizada. Um encontro marcado para ontem
foi desmarcado por incompatibilidade da agenda do secretário Alber da
Nóbrega e, como consequência, mais dias serão acrescidos à paralisação,
até que o Governo se posicione acerca do pleito dos servidores da UERN. Em
nota encaminhada à imprensa, o presidente da Associação dos Docentes da
UERN (Aduern), Flaubert Torquato, destacou que a postergação da reunião
é uma demonstração "do descompromisso do Governo do Estado com a UERN e
como a Universidade não é prioridade para a atual administração". Uma
nova data para um encontro com os representantes dos professores que
aderiram ao movimento grevista não foi marcada. Ao longo destes últimos
51 dias, desde que a greve foi deflagrada, docentes e representantes do
Executivo Estadual se reuniram em duas situação.
A
primeira delas ocorreu na segunda semana de junho, após o Tribunal de
Justiça julgar a paralisação dos professores como legal, apesar da
argumentação da Procuradoria Geral do Estado de que o movimento
paredista era abusivo e, ainda, pela impossibilidade de atender as
reivindicações dos docentes em razão das limitações impostas pela Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF). Naquela audiência conciliatória, nenhuma
possibilidade de negociação foi apresentada pelos representantes do
Estado e a greve continuou. Os docentes, desde então, estão amparados
por uma decisão judicial favorável a paralisação.
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