sexta-feira, 29 de junho de 2012

Polícia Civil desarticula quadrilha que aplicava golpe no Brasil a partir de Mossoró

O delegado José Vieira de Castro, da Delegacia de Defraudações de Mossoró, desarticulou uma quadrilha que aplicava golpes pela internet em pessoas de todo o Brasil. O nome da Operação é Lula da Silva. O líder do grupo, segundo os investigadores, é o empresário mossoroense Claudio Gomes de Andrade, o Claudio do Sal, de 46 anos, residente à Rua Joaquim Nabuco, Boa Vista, em Mossoró.

A investigação começou no mês de fevereiro de 2012, quando o torneiro mecânico Claudio Mendes da Silva, do Pernambuco, registrou queixa na Delegacia de Defraudações de que havia comprado um torno mecânico pela internet de alguém de Mossoró e não recebeu, ficando com um prejuízo superior a R$ 20 mil.

“Com base nesta informação, iniciamos as investigações, com pedidos de quebras de sigilos fiscais e telefônicos, assim como levantamento de dados junto aos endereços eletrônicos usados pelos suspeitos para praticar os crimes”, conta o delegado José Vieira Castro, que chegou aos de todos envolvidos com farta quantidade de provas.

Para vender através de anúncios publicados na internet e não entregar, a quadrilha se apropriou dos documentos do lenhador José Evanaldo Brito de Aráujo (foto), de 33 anos, residente no Sítio Sucupira, numa região de difícil acesso na zona rural de Limoeiro do Norte (CE). Evanaldo contou ao delegado José Vieira de Castro que trabalhou na casa do mossoroense Willian Ataíde de Araújo, de 32 anos, em 2008.

Daí o delegado chegou ao nome do primeiro envolvido: Willian Ataíde. Descobriu que em 2010, Ataíde usou os documentos de Evanaldo e tirou uma identidade com a foto dele (foto) na Central do Cidadão de Assu. Com o nome de Evanaldo e a foto dele, William abriu a empresa JEB de ARAUJO-ME e contas em todos os bancos.

O delegado José Vieira de Castro disse que Willian se juntou ao empresário Claudio Gomes de Andrade e ao vendedor Erick Joaquim da Silva, 39 anos. A quadrilha fazia o anúncio dos produtores na internet e quando havia o contato, quem cumpria era Erick Joaquim e quem confirmava as informações era Francisco Glenes da Silva Oliveira, de 32 anos.

Juntado os documentos, conferidos os endereços e nomes, foram solicitadas prisões preventivas contra os suspeitos, sendo prontamente atendido pela Justiça, com a ciência do Ministério Público Estadual. O trabalho de cumprimento da decisão judicial foi iniciado ao amanhecer do dia desta quinta-feira, sendo presos Willian, Glenes e Erick Joaquim. Claudio do Sal conseguiu fugir antes da chegada da Polícia Civil em sua casa. Está sendo procurado.

Os três presos, depois dos procedimentos legais, foram conduzidos para o Centro de Detenção Provisório Masculino (foto), que fica num anexo da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR), no Abolição II, em Mossoró. Em contato com a imprensa, os três se disseram que são inocentes. Disseram que não praticavam crimes pela internet, mas não souberam explicar os documentos e as provas técnicas apreendidas com eles.

O delegado José Vieira de Castro disse que não teve como calcular o tamanho do golpe. Ele acredita que o grupo estava agindo há pelo menos dois anos, fazendo vítimas já confirmadas no Maranhão, Minas Gerais e Pernambuco. Os acusados ostentam riqueza, como carros importados novos e casas de luxo.

O nome da operação – O delegadoVieira explicou que é uma homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerando que as vítimas eram todos torneiros mecânicos, assim como foi ex presidente.

Quem era cada um do grupo

Claudio Gomes de Andrade, o Claudio Do Sal, comerciante, natural de Mossoró/RN, residente e domiciliado na Rua Padre Elesbão, 288, Bairro Boa Vista.
Função: Líder Criminoso da Quadrilha investigada, utiliza-se da estrutura que possui na condição de empresário do ramo salineiro mantendo como base para suas operações criminosas um escritório localizado na Rua Afonso Leonardo Nogueira, 7, Nova Betânia, Mossoró-RN.

Willian Ataíde de Araújo
, comerciante, natural de Mossoró-RN, residente à Rua Souza Leão, 195, Belo Horizonte, (endereço de sua ex-mulher
Função: se passava pela pessoa de José Evanaldo Brito de Aráujo, não sabendo ler nem escrever, trabalhador braçal, residente no sítio Sucupira, Zona Rural, Limoeiro do Norte/CE. Fazia parecer para as vitimas que era um bem sucedido empresário da cidade de Mossoró que vendia máquinas de usinagem pela internet dono da JEB de ARAUJO-ME.

Erick Joaquim da Silva, mecânico, nível médio de escolaridade, natural de Jaboatão dos Guararapes-PE, residente e domiciliado na Rua Marcelo Maia, 4, Walfredo Gurgel, Mossoró-RN
Função: Era o intermediário, o negociador. Por ter conhecimento técnico em máquinas de usinagem, manutenção, conhecer os fabricantes e as especificações técnicas dos produtos oferecidos na internet entrava em contato direto com as vitimas levando-as a crê que se tratava de um negocio idôneo.

Francisco Glenes da Silva Oliveira, brasileiro, solteiro, residente e domiciliado na rua Francisco Pascoal, 42, Santo Antônio, Mossoró-RN;
Função: Era usado como laranja por Claudio, de forma que por muitas das situações Claudio se passa ele, no entanto em outros momentos ele mesmo ludibriava as vitimas com informações evasivas, informando que já havia despachado o equipamento e que este estava retido por fiscais da tributação na fronteira do estado.

Fonte Jornal de fato

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