Professores
e técnicos-administrativos da Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte (Uern) estão firmes na greve iniciada no último dia 3 e preparados
quanto a possibilidade do Governo pedir a ilegalidade da greve.
"Isso pode apontar para um processo de radicalização do movimento,
que não nos interessa, queremos que o governo busque uma saída para a
situação", declara o presidente da
Associação dos Docentes da Uern (Aduern), Flaubert Torquato, sobre a
possível reação dos servidores em caso da greve ser levada ao
Judiciário.
Flaubert Torquato declara que para a categoria as afirmações do
procurador-geral do Estado, Miguel Josino, foram estúpidas. "No ano
passado, foi o próprio procurador quem articulou o fim da greve da Uern e
agora ele vem falar de ilegalidade do movimento", diz o sindicalista,
acrescentando que a posição causou estranheza, pois o pleito da
categoria é legítimo. "Queremos apenas que o acordo feito no ano passado
seja cumprido", reafirma.
Entretanto, ele declara que quanto a possibilidade do pedido de
ilegalidade do movimento "não será nenhuma novidade, pois o governo
desde o início se mostrou intransigente com os servidores", frisa
Torquato. De todo modo, a categoria ainda nutre esperança de chegar a um
entendimento com o Executivo.
Conforme o presidente, a categoria está aguardando a resposta do
documento encaminhado pelos servidores pedindo o reconhecimento do
acordo. Assim que a resposta chegar será convocada assembleia para
avaliar a proposta do Governo do Estado.
Enquanto aguarda uma posição do Executivo, a categoria segue com as
atividades do movimento grevista. Na segunda-feira, 14, será realizada
reunião do Comando Unificado na sede da Aduern. Na terça-feira haverá
manifestação no Campus de Pau dos Ferros; no dia seguinte será feito uma
passeata dos estudantes da Uern. A programação continua quinta-feira
com reunião extraordinária na Aduern e encerrando as atividades da
semana terá uma reunião do comando unificado da greve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário