A governadora Rosalba Ciarlini fez novo
apelo aos professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
(Uern) para que eles voltem às salas de aula. A convocação foi feita em
Assú, nessa sexta-feira, 11, na solenidade de inauguração do conjunto
habitacional Irmã Lindalva, diante de um pequeno grupo de alunos que
pedia o fim da greve.
"Eu também quero o fim da greve", destacou a
governadora, lembrando que as negociações foram interrompidas antes
mesmo do governo ter tempo para honrar o compromisso de encaminhar
projeto de lei à Assembleia Legislativa determinando o aumento dos
servidores, como havia sido acertado com o reitor Milton Marques e
representantes dos segmentos universitários (professores, funcionários e
estudantes), numa audiência em seu gabinete.
"O governo já havia se
comprometido a reajustar os salários", ressaltou, insistindo que a Lei
de Responsabilidade Fiscal (LRF) impõe limites.
Rosalba disse esperar
que os estudantes possam convencer os professores a suspenderem a
paralisação. "Precisamos, juntos, encontramos os meios legais",
declarou, avisando que o fim da greve é a única condição para que as
negociações possam ser retomadas. Condição, aliás, que havia sido
revelada na nota que o governo divulgou nos jornais e rádios, no fim de
semana passado.
Segundo a governadora, os prejuízos com a greve são
expressivos. "A Uern custa meio milhão, por dia, e quase R$ 15 milhões,
por mês. Não é justo que o professor ganhe o salário sem trabalhar e o
aluno não tenha aula. Isso eu não vou aceitar", avisou.
Antes de a
governadora terminar o discurso, os quatro manifestantes guardaram os
apitos, baixaram os cartazes e se retiraram em silêncio. A multidão
ouviu as explicações da governadora sobre os entendimentos que haviam
sido iniciados com a Universidade, atentamente.
Depois, aplaudiu a
governadora que encerrou sua fala dizendo que os tempos no RN são outros
com relação à aplicação do dinheiro público. "Esse é um governo sério.
Essas mãos começaram limpas e vão terminar limpas", completou,
considerando a probidade administrativa a maior marca de seu governo.
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