domingo, 13 de maio de 2012

Governadora diz que só negociará com professores após o fim da greve

A governadora Rosalba Ciarlini fez novo apelo aos professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) para que eles voltem às salas de aula. A convocação foi feita em Assú, nessa sexta-feira, 11, na solenidade de inauguração do conjunto habitacional Irmã Lindalva, diante de um pequeno grupo de alunos que pedia o fim da greve.
"Eu também quero o fim da greve", destacou a governadora, lembrando que as negociações foram interrompidas antes mesmo do governo ter tempo para honrar o compromisso de encaminhar projeto de lei à Assembleia Legislativa determinando o aumento dos servidores, como havia sido acertado com o reitor Milton Marques e representantes dos segmentos universitários (professores, funcionários e estudantes), numa audiência em seu gabinete.
"O governo já havia se comprometido a reajustar os salários", ressaltou, insistindo que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impõe limites.
Rosalba disse esperar que os estudantes possam convencer os professores a suspenderem a paralisação. "Precisamos, juntos, encontramos os meios legais", declarou, avisando que o fim da greve é a única condição para que as negociações possam ser retomadas. Condição, aliás, que havia sido revelada na nota que o governo divulgou nos jornais e rádios, no fim de semana passado.
Segundo a governadora, os prejuízos com a greve são expressivos. "A Uern custa meio milhão, por dia, e quase R$ 15 milhões, por mês. Não é justo que o professor ganhe o salário sem trabalhar e o aluno não tenha aula. Isso eu não vou aceitar", avisou.
Antes de a governadora terminar o discurso, os quatro manifestantes guardaram os apitos, baixaram os cartazes e se retiraram em silêncio. A multidão ouviu as explicações da governadora sobre os entendimentos que haviam sido iniciados com a Universidade, atentamente.
Depois, aplaudiu a governadora que encerrou sua fala dizendo que os tempos no RN são outros com relação à aplicação do dinheiro público. "Esse é um governo sério. Essas mãos começaram limpas e vão terminar limpas", completou, considerando a probidade administrativa a maior marca de seu governo. 

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