No cenário econômico previsto na LDO, o crescimento do PIB (Produto
Interno Bruto) será de 5,5%, totalizando R$ 5,03 trilhões, em 2013. O
superávit primário previsto para o período é de R$ 155,9 bilhões para o
setor público, sendo R$ 47,8 bilhões de responsabilidade de Estados e
municípios. A dívida líquida do setor público, no ano que vem, deve
ficar em 32,5% do PIB e o salário mínimo a partir de 1º de janeiro de 2013 é de R$ 667,75.
A LDO orienta a elaboração e execução do Orçamento anual,
das alterações tributárias, dos gastos com pessoal, da política fiscal e
das transferências da União. Depois da aprovação da LDO, o governo tem
até 31 de agosto para encaminhar ao Congresso o projeto da LOA (Lei
Orçamentária Anual). O documento estima as receitas que o governo espera
arrecadar durante o ano e fixa os gastos a serem feitos (veja boxe
abaixo).
Os itens da LDO têm de ser aprovados no plenário do Congresso Nacional
e, só depois da votação em sessão conjunta de deputados e senadores, o
texto será encaminhado para a Presidência da República para
sanção. Somente após a aprovação da LDO é que deputados e senadores
poderão entrar em recesso, previsto para começar no dia 18.
Em prol do avanço das negociações, o relator da LDO, senador Antonio
Carlos Valadares (PSB-SE), aceitou o pedido da oposição para retirar do
parecer dele os dispositivos que permitiam a execução dos recursos em
investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e das
estatais mesmo na ausência de lei orçamentária sancionada até 31 de
dezembro.
Este item era caro ao governo por tentar garantir que não houvesse
descontinuidade em obras já iniciadas, como as de mobilidade urbana nas
cidades-sedes dos eventos esportivos como a Copa do Mundo de 2014, por
exemplo.
O relator da LDO acrescentou ao texto dispositivos que vão permitir
maior divulgação dos gastos com pessoal nos órgãos da administração
direta e indireta, incluindo agências reguladoras, bancos federais,
estatais, e fundações. Os órgãos terão que colocar na internet dados
sobre os totais de cargos efetivos, comissionados e de confiança.
O texto do relator também abriu brechas para a inclusão de reajustes
salariais de servidores públicos no Orçamento do ano que vem. O texto
final não traz regras, mas acrescentou um dispositivo que autoriza, de
forma genérica, a inclusão de recursos para atendimento de reajustes
salariais.
uol. com
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