terça-feira, 24 de julho de 2012

Professores convocados em março estão sem salários

O Governo do Estado vai convocar 900 professores aprovados no último concurso. A medida busca preencher o quadro de pessoal e assegurar a manutenção do ano letivo nas escolas do Estado. A publicação no Diário Oficial do Estado é prevista para ocorrer amanhã, dia 25. O principal déficit, explica o secretário-adjunto de educação do Estado Joaquim Oliveira, é registrado entre escolas localizadas nas regiões do Mato Grande e do Alto Oeste, que estão sem aulas da maioria das disciplinas desde o início do ano.
Adriano AbreuSecretaria Estadual de Educação deve publicar, esta semana, convocação de 900 professores aprovados no último concursoSecretaria Estadual de Educação deve publicar, esta semana, convocação de 900 professores aprovados no último concurso

O número é considerado ainda insuficiente, admite o secretário-adjunto. "Em alguns polos, municípios não conseguimos inscrições para algumas disciplinas, como física, que está sem professor e não há convocados", disse. Isto ocorre porque há déficit de aprovados no concurso para disciplinas, sobretudo da área de exatas. "Isso impede a nomeação de um número maior de concursados", acrescenta.

O encaminhamento dos professores obedecerá a um levantamento das necessidades de vagas, realizado pela SEEC, segundo Joaquim Oliveira. O secretário não antecipou quais escolas e municípios receberão os novos educadores.

Para que os professores assumam as salas e permaneça nos cargos, observa o coordenador geral do Sinte, Rômulo Arnaud, o Estado deverá resolver outro impasse que se coloca como principal entrave para que os aprovados assumam os cargos: o pagamento dos salários - uma das principais preocupações entre os que estão para ser chamados.

Há cerca de cinco meses, os professores convocados pelo Governo, em março, que já assumiram as salas de aula estão sem receber. Dos 1.013 professores convocados na primeira chamada do concurso, apenas 875 assumiram suas funções. "Deste total, boa parte já desistiu porque não há pagamento. Não há justificativa para isso. Não se pode alegar burocracia, quando há urgência para que a educação funcione", frisa Arnaud.

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