A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) irá recorrer da
decisão judicial que culminou com a suspensão do concurso público
promovido pela instituição este ano. De acordo com o reitor em
exercício, professor Francisco Praxedes, a Ufersa foi comunicada
oficialmente ontem, 19, sobre a determinação da 10ª Vara da Justiça
Federal, e a partir de agora apresentará defesa para as denúncias
apontadas pelo Ministério Público Federal.
"A posse dos candidatos
aprovados estava prevista para acontecer amanhã (hoje), mas decidimos
suspender esse procedimento por uma questão de cautela, até mesmo para
que não sejam gerados problemas mais sérios posteriormente. Vamos
apresentar nossa defesa, mostrar o que nos levou a tomar determinadas
ações que possam ter sido consideradas irregulares e aguardar a nova
decisão da Justiça, que não vai ocorrer de forma imediata", destaca o
reitor.
De acordo com o professor Francisco Praxedes, todos os fatos
que proporcionaram questionamentos acerca da lisura do certame serão
esclarecidos. "A Comissão Permanente do Processo Seletivo (CPPS) da
Ufersa tem credibilidade, é conhecida pela sua idoneidade. Agora nós
somos humanos, passíveis de cometer erros, e em um concurso com essa
abrangência podem ter surgido falhas, não descartamos essa
possibilidade. O que não pode é haver favorecimento", afirma.
A
decisão da Justiça em suspender o certame lançado pela Ufersa no ano
passado teve como base uma Ação Civil Público ajuizada pela Procuradoria
da República em Mossoró, motivada por denúncias realizadas por
candidatos que se sentiram prejudicados com o resultado final da
seleção.
A partir disso, foram constatadas irregularidades como
atribuir nota a candidato que não realizou prova, acordar com candidato
por telefone a apresentação de títulos oito dias depois do término do
prazo, além de reprovar candidatos na análise dos títulos, uma vez que a
fase era somente classificatória.
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