sábado, 14 de julho de 2012

Justiça determina nomeação de aprovados em concurso

O juiz titular da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Mossoró, Pedro Cordeiro, deferiu pedido de tutela de urgência, determinando que o Governo do Estado promova imediatamente a nomeação de candidatos aprovados no último concurso público realizado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), para que sejam substituídos os funcionários terceirizados que ocupam cargos no Hospital da Mulher Parteira Maria Correia.
De acordo com a decisão, deverão ser nomeados 18 concursados para os cargos de técnico de enfermagem, enfermeiro e farmacêutico/bioquímico. O juiz esclarece que a escolha dos nomes foi feita obedecendo a ordem classificatório do certame, tomando como parâmetro a quantidade de funcionários contratados pela empresa Marca para o funcionamento do hospital, "ficando, pois, ressalvada a possibilidade de no curso do processo serem nomeados outros candidatos que integram o pólo ativo da ação proposta", destaca o magistrado.
O titular da Vara da Fazenda Pública fixa também multa diária no valor de um salário mínimo em desfavor do Estado, caso a decisão não seja cumprida, acrescentando ainda que o governo será citado para, por meio de seus representantes legais, apresentar resposta se quiser.
A decisão de Pedro Cordeiro é mais um ponto polêmico envolvendo o Hospital da Mulher, que enfrenta uma série de dificuldades após a associação que administra a maternidade ter sido alvo de investigação pelo Ministério Público do Estado. Entre os problemas registrados na unidade hospitalar, está o atraso no pagamento de 320 funcionários e prestadores de serviço do hospital.
O pagamento, que deveria ter sido realizado na sexta-feira, 6, foi impossibilitado devido à suspensão de repasse de verbas feito pelo Governo do Estado à Marca. O governo bloqueou todos os repasses financeiros no início deste mês, como medida cautelar enquanto aguarda um parecer da comissão da Controladoria Geral do Estado a respeito da auditoria formada para averiguar contratos de prestações de contas da empresa, referente ao Hospital da Mulher.
Para tentar amenizar a grave situação, o governo realizou na última quinta-feira, 12, uma reunião na sede do Ministério Público em Mossoró, quando foram discutidas duas possíveis soluções para o impasse. A primeira seria a nomeação pelo Governo do Estado de um interventor financeiro, que ficaria responsável exclusivamente para efetuar os pagamentos com fornecedores e funcionários da unidade de saúde, enquanto a Marca continuaria na administração do hospital até o fim do contrato, que se encerra em agosto deste ano.
Outra possível solução para o pagamento dos funcionários seria uma Ação de Consignação e Pagamento, impetrada pela Procuradoria-Geral do Estado, com a possibilidade de realização do pagamento através de alvarás judiciais, emitidos em nome de cada funcionário ou prestador de serviço, relativos a três meses de pagamento, o que está em atraso referente a junho e os outros dois meses de contrato que ainda faltam concluir.

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