sábado, 21 de julho de 2012

Governo reafirma que acordo será cumprido, mas não encaminha projeto de lei que altera salários

Diferentemente do que foi assegurado pelo secretário estadual da Administração e Recursos Humanos, Álber Nobrega, em conversa com o presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Aduern), Flaubert Torquato, no último dia 17, o projeto de lei que altera os salários dos servidores da Uern ainda não foi encaminhado à Assembleia Legislativa.
Na última terça-feira, o secretário Álber se comprometeu a enviar o projeto até o final desta semana, e justificou que a proposta ainda não havia sido encaminhada porque o Executivo estadual esperava a conclusão de outros projetos para serem enviados de uma só vez à Assembleia Legislativa, que está em recesso e será convocada em caráter extraordinário para votar as matérias.
Porém, em conversa com a reportagem, o secretário chefe do Gabinete Civil, Anselmo de Carvalho, disse que a última informação que ele teve acesso é que o projeto ainda estaria na Consultoria do Estado.
"Quem pode esclarecer isso é o próprio Álber Nóbrega. O que posso dizer é que o acordo será cumprido. Todos os projetos de lei passam pela Consultoria, e o que soube é que o que trata sobre o reajuste estaria nessa etapa", explica Anselmo de Carvalho.
O presidente da Aduern diz que a categoria está tranquila em relação ao cumprimento do que foi acordado com a categoria. "O Governo está com informações desencontradas, mas há, na palavra dos dois secretários, algo em comum: o pagamento será efetuado. Estamos tranquilos em relação a essa questão, até porque o Executivo deve ter uma fórmula de conceder esse reajuste sem estar condicionado ao projeto de lei", diz Flaubert Torquato.
A folha de pagamento do mês de julho da Uern já foi encaminhada ao governo com o reajuste de 3,5%, juntamente com uma folha complementar que contempla o retroativo de junho, conforme ficou acordado com os servidores para pôr fim ao mais recente movimento grevista da Uern, que durou quase dois meses. 
Uern estimula atuação de professores-doutores
A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) está incentivando a fixação de professores-doutores no quadro da instituição através do Programa de Bolsa Produtividade em Pesquisa, através do qual os contemplados dispõem de recursos para aplicação de projetos por dois anos, renováveis por igual período. A iniciativa foi tema de debate anteontem na Uern.
Na oportunidade, a instituição mostrou que pretende fortalecer o programa, aguardando parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (Fapern), já que a presidenta da entidade, Bernadete Cordeiro, disse haver interesse em firmar essa cooperação.
"A gente está tentando viabilizar essa parceria, porque a Uern é um dos principais focos da Fapern", diz o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor-doutor Pedro Fernandes, acrescentando que essa é uma das frentes que a Uern está trabalhando para fortalecer o programa.
A outra é aproximação do projeto com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O professor-doutor José Alzemir Costa é um bolsista da instituição e explica a importância disso: "Dá um diferencial porque é extremamente concorrido e você consegue mais financiamentos para projetos".
O programa de Bolsa Produtividade em Pesquisa consiste num incentivo para a fixação de doutores da Uern. Para isso, precisam prestar contas acerca da orientação acadêmica, publicação de artigos científicos em revistas e aprovação de projetos.
"Queremos pesquisadores com indicadores que os coloquem como bons profissionais em todo o país. A Uern tem hoje 190 doutores, 25% do quadro efetivo. Mas, estamos aquém num comparativo com as universidades federais", explica Pedro Fernandes.
O reitor Milton Marques de Medeiros disse considerar o investimento em pesquisa um dos pilares de qualquer universidade. Sobre o debate de anteontem, declarou: "Esse é um encontro que me dá muita alegria, considero vital para a Universidade esse projeto. As instituições de ensino superior se projetam através do campo da pesquisa", diz.
Segundo ele, "quem não age assim fica com uma linguagem rude perante às instituições de fomento. Investir na capacitação de professores e técnicos garante o crescimento vertical da universidade. Esse é o recurso mais bem aplicado por nós.

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