RN

Apram alerta que o governo estadual quer criar mais um batalhão sem contratar policiais

A criação de mais um batalhão de Polícia Militar em Mossoró, o 12º BPM, decretado no final de julho pelo Governo do Estado, não resolverá o problema de insuficiência de policiais em Mossoró e região. O alerta é da Associação dos Praças da Polícia Militar de Mossoró (Apram).
É que o atual efetivo de Mossoró, cerca de 250 policiais, será dividido entre o único existente (2º BPM) e o novo batalhão, segundo o presidente da Apram, soldado Jackson, que discorda da forma como está sendo criado o novo destacamento.
Ele critica a divisão do efetivo para os dois batalhões, quando o correto, segundo ele, seria a contratação de mais policiais para suprir a demanda do novo destacamento. Até porque, adverte o presidente da Apram, o atual efetivo não é suficiente nem para o 2º BPM, quem dirá outro batalhão.
Jackson diz que a forma como o novo destacamento está sendo criado tem gerado mal-estar no meio militar de Mossoró, porque haverá remanejamento de policiais e de funções. "Estamos preocupados com isso", lamenta, acrescentando que há preocupação também com insuficiência de viaturas.
O presidente da Apram esclarece que é a favor da criação do novo batalhão em Mossoró, mas desde que haja efetivo e estrutura suficientes. O receio de boa parte da corporação é que o remanejamento fragilize o 2º BPM e provoque sobrecarga de trabalho dos policiais, já que existe decisão judicial de 40 horas semanais de trabalho.
O representante da Associação dos Praças da Polícia Militar de Mossoró diz ser importante também a nomeação do major Costa, subcomandante do 2º BPM, para o comando do novo batalhão, até para facilitar o trabalho de parceria entre os dois destacamentos, já que o oficial tem amplo conhecimento da realidade local.
A criação do 12º Batalhão de Polícia Militar em Mossoró foi anunciado no final de julho pelo Governo do Estado como resposta ao avanço da violência em Mossoró e região. Mas da forma como está sendo concebido trará poucos resultados práticos. E o pior: pode fragilizar o 2º BPM, adverte a Apram. 

 

Fonte O Mossoroense