domingo, 18 de setembro de 2011

Estudantes participaram ativamente da greve da Uern

estudantes_na_dired_2Os acadêmicos da Uern também se mobilizaram durante a greve na Universidade, participando de audiências com o Governo do Estado, atos públicos e outras mobilizações em favor do fortalecimento da instituição e de melhorias na qualidade do ensino, com uma pauta de reivindicações própria.
Congregados no Diretório Central dos Estudantes (DCE), os acadêmicos empunharam conjunto de pleitos durante a greve, como descontingenciamento do orçamento; criação de mecanismo para geração de recursos para investimento e custeio, através de projeto de lei à Assembleia Legislativa.
A pauta continha ainda criação de pró-reitoria para assuntos estudantis; instituição de programa de apoio a estudantes de baixa renda, como auxílio moradia, transporte, entre outros, e criação de residência e restaurantes universitários em todos os campi da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
Também alternativas para mais aulas externas e participação em congressos e seminários; instituição de plano de segurança; reforma de todas as salas inadequadas para práticas pedagógicas, entre outros pleitos, que continuam atuais porque não foram atendidos e que continuam como bandeira da classe estudantil.

OUSADIAOs estudantes participaram ativamente da greve, articulados através do Comando de Mobilização Estudantil de Mossoró (Comem). Uma das mobilizações dos alunos que mais chamaram atenção da sociedade foi a ocupação da sede da 12ª Diretoria Regional de Educação (12ª Dired), na avenida Cunha da Mota, Centro.
A ocupação foi uma forma de pressionar o Governo do Estado a negociar com os estudantes e durou 21 dias. Terminou quando o juiz Pedro Cordeiro, da Vara da Fazenda Pública, acatou o pedido do Governo do Estado e expediu um documento de desocupação e reintegração de posse do prédio.
Queda de braço entre servidores e governo seguiu rumo da JustiçaNo dia 29 de agosto, o secretário estadual de Administração e Recursos Humanos, Anselmo Carvalho, confirmou que o governo havia pedido à Justiça, no dia anterior, a ilegalidade e a abusividade da greve, alegando que os servidores não demonstravam interesse de encerrá-la e que não havia mais o que esperar.
Assim, o governo utilizou o mesmo expediente para conseguir encerrar a paralisação dos professores estaduais da rede básica, que foram obrigados a voltar ao trabalho após 80 dias de paralisação, por força de decisão do Tribunal de Justiça, anunciada dia 13 de julho e determinando retorno das aulas sob pena de multa.
Na ocasião, os servidores criticaram a medida. "Acionando a Justiça em vez de negociar, o governo mostra de novo sua postura intransigente e autoritária", disse o presidente da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Aduern), professor Flaubert Torquato.
Mas a greve da Uern não teve o mesmo desfecho, porque terminou antes que o Tribunal de Justiça julgasse o pedido de ilegalidade feito pelo Governo do Estado. É que os servidores resolveram aceitar o reajuste de 27,7% parcelado: 10,65% em 2012, 7,65% em 2013 e o mesmo percentual em 2014.
Movimento ganhou destaque nacionalA paralisação na Uern ganhou projeção nacional quando, dia 22 de agosto, o comando de greve promoveu um "twittaço", debate em defesa da Uern na rede de microblogs Twitter, que teve considerável adesão de internautas durante todo o dia.
O movimento começou por volta das 9h. Aproximadamente meia hora depois, a Uern entrou para o 4º lugar entre os assuntos mais comentados do Twitter (www.twitter.com), por meio do tópico #emdefesadaUERN. A participação continuou subindo e, perto do meio-dia, o tópico já era o mais comentado na rede social do País.
O debate em defesa da Uern ficou no primeiro lugar por cerca de três horas, até meados da tarde. O marcador em apoio à greve na Uern obteve milhares de postagens, no quais os internautas apoiavam a mobilização em defesa da Universidade e criticavam o Governo do Estado por não terminar o impasse.
No dia seguinte, o portal Universo Online (UOL) deu destaque à greve, abordando 84 dias de paralisação e o prejuízo aos estudantes. "Além dos alunos da instituição, a paralisação afetou também o edital de lançamento do vestibular, que estava previsto para julho e ainda não foi publicado", escreveu o UOL.
O portal novamente abordou a paralisação quando completou cem dias, no último dia 8, criticando a falta de perspectiva de novas negociações entre servidores e Governo do Estado e à espera de uma decisão da Justiça. O UOL voltou a noticiar a greve quando do seu final, quarta-feira (14), enfatizando que chegava ao fim a mais longa paralisação do serviço público do Rio Grande do Norte.
Fonte O MOssoroense

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