domingo, 1 de julho de 2012

Programa do Leite encolhe e abre lacunas no RN

Para avaliar o real impacto do Programa do Leite na estrutura produtiva das usinas de beneficiamento e na renda dos produtores rurais, o Ministério do Desenvolvimento Social e de Combate à Fome (MDS) percorreu dez estados em 2009 e constatou que a renda do pequeno produtor, no Rio Grande do Norte, cairia pela metade, se o programa fosse suspenso. Se realizada em 2012, a pesquisa, que ainda não foi atualizada, chegaria a um percentual ainda maior, assegura o diretor financeiro do Sindicato dos Produtores de Leite do RN (Sinproleite), Lirani Dantas. A combinação entre estiagem, alta dos insumos e atrasos no pagamento do programa reduziu a distribuição de leite em quase 60% no estado. Hoje, produtores e usinas, que deveriam entregar 155 mil litros de leite diários, só conseguem entregar 70 mil - redução que faz diferença na mesa das 145 mil famílias beneficiadas e no bolso dos 2.064 produtores, entre agricultores familiares, médios e grandes produtores, que fornecem leite para o governo. O futuro não é animador. As usinas locais adquiriram, entre janeiro e março, um volume de leite 15,2% inferior ao adquirido no mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta foi a segunda maior redução em todo o país. Os números do próximo trimestre, adianta o Sindileite, entidade que representa o setor, serão ainda piores.

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