quarta-feira, 25 de abril de 2012

Sindiserpum acusa vereadores de traição e edis governistas cobram transparência de entidade

info_sindiserpumA polêmica dominou a sessão plenária de ontem na Câmara Municipal de Mossoró. Tudo começou em pronunciamento do vereador Flávio Tácito (DEM) em resposta ao panfleto do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) que acusa a prefeita Fafá Rosado (DEM) e integrantes da bancada de governista de terem traídos os trabalhadores em educação ao aprovarem a alteração do plano de carreiras da categoria.
Em resposta à postura do sindicato, Flávio Tácito ocupou a Tribuna da Câmara para cobrar transparência da direção da entidade. "Não tenho medo de sindicato nenhum. Eles deveriam prestar contas dos R$ 600 mil que recebem por ano", disparou.
Visivelmente irritado, o demista disse não ser justo o tratamento dado pelo sindicato aos integrantes da bancada governista. "Se algum contracheque de professor vier com o salário reduzido, nós da bancada do governo seremos os primeiros a reagir", desafiou. A vereadora Cláudia Regina (DEM) reforçou as palavras de Tácito. "A melhor resposta que será dada é no fim do mês, quando os servidores receberem os contracheques. Se não for assim, vamos exigir que se cumpra a lei", garantiu.
Em seguida, ela disse não entender como o sindicato pode usar dinheiro dos trabalhadores para fazer campanha política. "Os trabalhadores não pagam ao sindicato para denegrir a imagem das pessoas de bem. Vamos fazer uma política limpa", afirmou a parlamentar, que garante estar dentro dos bairros desde que assumiu o mandato. "Quem não conhece a tenda do povo. Agora eles não sabem fazer política decente como eu faço. Olhando na cara do povo", lembrou.
O vereador Daniel Gomes (PMDB) também mostrou-se indignado com a postura do sindicato. "O sindicato contrata carro de som com logomarca do PT. Isso está sendo pago com qual dinheiro?", questionou.
Para Manoel Bezerra (DEM), a entidade tenta transformar a greve em trampolim para beneficiar candidatos apoiados pelo PT. "O pessoal do sindicato está querendo se aproveitar de um momento político, mas espero que a justiça seja feita", concluiu.
Único governista a votar em desacordo com a bancada, Chico da Prefeitura (DEM) se solidarizou a Flávio Tácito. "Isso passou dos limites. Tomei aquela decisão (de votar contra o projeto do governo) porque meu mandato foi dado pelo povo", afirmou.
Os oposicionistas Genivan Vale (PR) e Jório Nogueira (PSD) manifestaram solidariedade a Flávio, mas lembraram que a recíproca não é a mesma quando os parlamentares da oposição são os alvos. "A gente lembra daquela questão de Paulo Doido (blog apócrifo organizado por jornalistas ligados ao Palácio da Resistência) que tanto agrediu membros da oposição e não vimos solidariedade", disse Genivan. O republicano lembrou que o sindicato não comete qualquer irregularidade ao distribuir panfletos e contratar carros de som. Ele disse ainda que é preciso a bancada governista colaborar para não desgastar a imagem da casa. "O que a gente reclama aqui é desse costume do Executivo de mandar os projetos em cima da hora", lembrou. Genivan esclareceu os motivos que o levaram a votar contra a proposta do governo. "Existe uma incongruência entre professores de nível médio que recebem mais do que os de nível superior", lembrou.
Para Jório Nogueira, é preciso que os governistas tenham coragem de discordar do chefe de gabinete Gustavo Rosado. "Temos que prestar solidariedade aos nossos colegas, mas vocês deveriam fazer isso quando a imprensa marrom do palácio ataca a oposição. Mesmo assim vocês precisam provar que o sindicato está errado. Sobre esses projetos ruins para a população façam como Jório Nogueira: digam a Gustavo Rosado que o governo está errado", concluiu.

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