Docentes de universidades federais em todo o país paralisaram
atividades na última quinta-feira,19, e a previsão é que amanhã, 25, os
funcionários técnicos-administrativos da Universidade Federal Rural do
Semi-Árido(Ufersa) realizem assembleia para decidir se aderem ao
movimento paredista.
Segundo o vice-presidente da Associação dos
Docentes da Ufersa (Adufersa), José Torres, é possível que a
instituição venha a aderir à greve, pois assim como os outros órgãos do
país vêm lutando por melhores condições de trabalho para os docentes.
Entre os assuntos discutidos com o governo federal estão o ajuste
salarial e o plano de carreira dos professores, que já deveria ter sido
concluído ano passado.
"Desde o ano passado que a categoria vem
lutando por um reajuste salarial de 4%, que foi aprovado pelo
governo federal para ser efetivado no mês de março, no entanto nada
disso se materializou. Diante deste quadro e do desdém com que o
governo tem tratado as nossas reivindicações, as universidades federais
devem entrar em greve, incluindo assim a Ufersa"
O vice-presidente
disse também que os professores da instituição não queriam tomar essa
medida, já que os profissionais e os alunos serão prejudicados durante o
processo.
"É muito desagradável esta situação, mas é necessária,
pois não vemos outra forma de lutarmos por nossos direitos. Evitamos ao
máximo as greves, porque os professores se prejudicam, uma vez que
precisam terminar o conteúdo em um espaço de tempo reduzido, e os
alunos acabam se prejudicando por atrasarem um pouco seus cursos e
perdem a qualidade do ensino, devido ao pouco espaço de tempo que será
destinado para cada disciplina", afirmou Torres.
Os alunos da Ufersa
estão receosos em relação à greve, pois dizem que serão prejudicados com
o atraso das disciplinas. De acordo com a estudante Raphaelle Gurgel,
assim como ela muitos alunos serão prejudicados.
"Eu estou bem perto
de me formar, já que termino no próximo ano, mas se houver a greve eu
não poderei concluir, porque enrola o fim desse semestre e mesmo que não
atrase muito eles terão que repor aulas no período de recesso", relatou
Raphaelle.
A última greve dos docentes de universidades públicas
federais ocorreu no ano passado e durou cerca de quatro meses. Neste
período, o governo manteve a posição de não negociar com os grevistas. A
paralisação foi considerada ilegal pelo Superior Tribunal de Justiça
(STJ) depois de ação da Advocacia-Geral da União (AGU).
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