sábado, 14 de abril de 2012

Greve na rede municipal continua

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) votou pela continuidade da greve dos professores municipais. A decisão é contrária à determinação judicial de volta imediata ao trabalho, conforme indica o despacho do desembargador Expedito Ferreira, do Tribunal de Justiça do RN, no último dia 11. Para cada dia de paralisação foi estipulada multa de R$10 mil, que o SINTE/RN vai tentar negociar na próxima segunda-feira (16). A Secretaria Municipal de Educação (SME) declarou que o ano letivo do município, que terminaria dia 29 de dezembro, já está prejudicado, em conseqüência da greve. "Nas 17 escolas que estão sem aulas o ano letivo se estenderá até janeiro. A minha preocupação é com a própria educação, já que um grande número de crianças estão sem aula", ressaltou o secretário.

A SME também destacou a atitude da categoria, que está agindo contra a decisão judicial. Walter afirmou que, por determinação da prefeita Micarla de Sousa, a secretaria não vai manter diálogo com o Sinte-RN até que a greve seja finalizada. Para finalizar  o ano letivo é necessário o cumprimento de 220 dias de aula.

A assessora jurídica do Sinte-RN, Sílvia Dutra, informou que o Sindicato está dentro do prazo para interpor o agravo sobre a decisão do desembargador. "Uma das propostas é pedir uma mesa de negociação entre o Sinte e a Prefeitura, para que ocorra uma discussão sobre as questões que ficaram pendente", declarou Sílvia Dutra.

A documentação preparada na sexta-feira pela assessoria será encaminhada à justiça no próximo dia útil. Segundo Fátima Cardoso, coordenadora do Sinte-RN cerca mil professores compareceram à assembléia da categoria, realizada na manhã de ontem. Fátima afirmou que a unanimidade dos professores votou a favor do movimento da greve, que foi iniciada no dia 30 de março.

Buscando informações sobre possíveis paralisações nos Centros Municipais de Educação Infantil CMEIs, a equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE visitou na tarde da última sexta-feira, 13, duas unidades. Na unidade de Nossa Senhora de Lourdes, no bairro de Mãe Luiza, o funcionamento estava normal. As 130 crianças e bebês participavam de atividades e se preparavam para o jantar. A diretora da unidade, Ana Maria Guimarães, garantiu que as aulas não foram interrompidas na instituição, mesmo com a greve dos professores do município.

"Além da unidade funcionar normalmente o nosso quadro de funcionários também está completo. Temos 18 educadores e 7 auxiliares", afirmou a diretora enquanto mostrou as instalações do CMEI localizado na Av. João XXIII, em Mãe Luiza. Já no CMEI Severino Davi, nas Rocas, a gestora Rejane de Sousa saia da unidade às 16h, informando que as aulas no local foram encerradas mais cedo na sexta-feira, por motivo de comemoração festiva na unidade.

A rede municipal tem  74 CMEIs e 72 escolas. Este ano, 49 mil alunos estão matriculados.

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