quarta-feira, 11 de abril de 2012

Professores da Uern estão receosos quanto ao reajuste salarial prometido pela governadora

uern_corredorOs professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) aguardam pagamento, este mês, do reajuste de 10,65% acordado em 2011 com o Governo do Estado para o fim da greve dos docentes, que durou 106 dias no ano passado. Segundo a Associação dos Docentes da Uern (Aduern), ainda não há informações oficiais de que o aumento será concedido.
O tesoureiro da Aduern, professor Lemuel Rodrigues, revela que o sentimento da categoria é de que o acordo será cumprido, embora ainda não haja confirmação de que o reajuste será incorporado no pagamento deste mês. "Segundo informações da Reitoria, a folha de abril ainda não foi fechada, portanto não temos ainda essa informação", diz.
E acrescenta: "A folha será fechada até o dia 15 deste mês, então tem toda esta semana para que a administração da Uern e o Governo do Estado resolvam essa questão. Mas, foi feito um acordo e costumamos dar credibilidade ao que é acordado. Acordo é feito para ser cumprido, e é nisso que confiamos, no cumprimento do acordo".
O tesoureiro da Aduern adianta que se o compromisso não for cumprido, a entidade analisará junto à categoria qual posicionamento adotará até o final do mês. "Mas, sobre isso, estamos falando sobre hipóteses", ressalva o professor, acrescentando que o assunto será discutido em reunião na diretoria do sindicato, hoje, às 9h, na sede da Aduern.  HISTÓRICO
Greve mais longa da história do serviço público do Rio Grande do Norte, a paralisação dos professores da Uern terminou dia 15 de setembro de 2011 após a categoria aceitar reajuste de 27,7% dividido em três anos: primeira parcela (10,65%) em abril deste ano e demais reajustes em duas parcelas anuais de 7,65%, em 2013 e 2014.
Os professores ainda queriam incluir nos percentuais a garantia da aplicação da inflação acumulada do período, mas não foram atendidos. Apesar de aceitar a proposta, a categoria avalia que, embora não tenham conseguido o reajuste pretendido, o movimento paredista foi "positivo".
É que, segundo a Aduern, o Governo se mostrou intransigente em negociar durante boa parte da paralisação, já que só apresentou uma proposta concreta depois de 70 dias de greve, mesmo assim, depois da pressão da categoria com as mobilizações de rua.
Segundo o presidente da Aduern, Flaubert Torquato, a greve foi vitoriosa, pois demonstrou a força de organização dos docentes da Uern. "A unidade com os estudantes e técnicos foi fundamental para fazer o governo negociar com a categoria, sem desconsiderar o apoio que o movimento teve da sociedade norte-rio-grandense", disse, à época.

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