Em audiência ontem no Palácio da
Resistência entre representantes da Prefeitura Municipal de Mossoró e do
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum),
avançou o diálogo para o fim da greve dos professores da rede municipal.
A
presidenta do Sindiserpum, Marilda Sousa, conta que a audiência começou
no final da manhã e terminou por volta das 15h. A PMM conformou que
sancionará mudanças no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da
Educação.
As alterações, segundo o sindicato, retirariam conquistas
da categoria, pois professores ficariam com o salário "congelado" por
pelo menos 3 anos, perderiam cerca de 40% do salário e professor de
nível médio terá remuneração maior do que um de nível superior.
A
sanção será feita, argumentou a Prefeitura, por questões de prazo legal.
Por outro lado, ainda segundo Marilda, a Prefeitura se comprometeu a
enviar projeto de lei em caráter de urgência à Câmara Municipal, repondo
direitos retirados nas mudanças no Plano.
Porém, isso só será feito
com uma condição: se os professores encerrarem a greve nas escolas
municipais, iniciada no último dia 4. Embora haja possibilidade de
encerramento da paralisação de acordo com esse compromisso, Marilda
Sousa é cautelosa.
"Isso será decidido numa assembleia amanhã (hoje),
às 9h, no auditório do Sesi, uma decisão que não pode ser tomada por
mim e que será tomada por toda a categoria", diz a presidenta do
Sindiserpum, acrescentando ter sido positiva a audiência pelo avanço do
diálogo obtido.
O encaminhamento do novo projeto à Câmara repondo as
perdas geradas pela aprovação do PCCS é tido como um avanço pela
categoria. Durante o período de votação deste último projeto, os
sindicalistas travaram uma "batalha" com os vereadores para evitar a
aprovação, chegando a fazer mobilização em frente à CMM. Após a
aprovação, a categoria distribuiu panfletos nas ruas denominando os
vereadores que votaram a favor do projeto como "inimigos da educação".
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