A expulsão de três alunos do curso de Medicina da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), desclassificados por terem fraudado o sistema de cotas da instituição, ganhou repercussão nacional. O caso foi divulgado pelo portal de notícias UOL (Universo Online), que destacou o início do período de matrícula dos candidatos que herdaram as vagas deixadas pelos falsos cotistas.
Os discentes Mariana Abrantes Costa, Jalila Gilmara Silvestre Silva e Pedro Paulo Palhares foram desclassificados após ter sido descoberto que eles forjaram a renda das famílias para ingressarem no curso por meio das vagas destinadas a pessoas de baixa renda. Os alunos estavam matriculados em vagas destinadas a estudantes oriundos de escolas públicas, e dois deles já integravam as turmas iniciadas em 2009 e 2010.
Os estudantes que ingressaram na Uern de maneira irregular não poderão aproveitar o histórico escolar, uma vez que toda a vida acadêmica desses discentes ficará inativa. Eles ainda poderão pegar de um a cinco anos de prisão.
Com a expulsão, a Uern convocou os candidatos Ronaldo César Aguiar Lima, aprovado no PSV 2009; Aline Naiara Azevedo da Silva, aprovada no PSV 2010, e Amadeu Benício Leite, que conseguiu a aprovação no PSV deste ano. Esses candidatos têm até hoje para efetuarem suas matrículas, na secretaria da Faculdade de Ciências da Saúde (FACS), e ingressarem no segundo semestre letivo de 2011, que será iniciado no dia 16 de novembro.
O sistema de cotas aplicado na Uern destina 50% das vagas iniciais (distribuídas por campus, núcleo, curso, habilitação, turno e semestre) para alunos que tenham concluído o ensino médio em escola pública. O restante das vagas é preenchida obedecendo à classificação geral dos candidatos.
A equipe de reportagem do jornal O Mossoroense tentou entrar em contato com o reitor da instituição, Milton Marques, para questioná-lo a respeito da repercussão do caso envolvendo os alunos expulsos, mas não obteve êxito em suas tentativas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário