O pagamento de R$ 15.777,704,21 em publicidade, ocorrido nos dois últimos quadrimestres de 2010, parece ser o início do distanciamento político entre os ex-governadores Wilma de Faria (PSB) e Iberê Ferreira de Souza (PSB). Relatório do conselheiro Tarcísio Costa, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), faz um parâmetro entre o investimento na saúde, pagamento de diárias e verba usada em publicidade governamental. Em saúde, o governo de Iberê teria investido pouco mais de 17 milhões e direcionado mais de R$ 35 milhões em diárias.
Em nota enviada à imprensa, o ex-governador Iberê Ferreira de Souza rebateu essa afirmação e disse que o seu governo não pagou R$ 15.777,704,21 em publicidade. Com isso, Iberê evidencia que o montante pago decorreu do governo de sua antecessora, que renunciou ao cargo em abril de 2010 para disputar uma vaga no Senado Federal.
Ao jornal Tribuna do Norte, o ex-governador afirmou que, quando assumiu a titularidade do cargo (ele era vice de Wilma de Faria), encontrou empenho de R$ 19 milhões em propaganda. Desse total, disse que R$ 10 milhões haviam sido pagos e que o restante foi assumido pela sua administração. "Eu não gastei quase nada em propaganda. Tive direito a apenas um mês de propaganda, até pela legislação eleitoral", comentou o ex-governador.
Com isso, Iberê passou para a sua antecessora a responsabilidade pelo gasto considerado excessivo pelo TCE em publicidade governamental. Com relação aos R$ 35 milhões pagos em diária, o ex-governador afirmou que houve um crescimento de R$ 3 milhões em 2010 em relação a 2009, quando Wilma era a governadora.
Ontem, pelo Twitter, Wilma de Faria tratou de amenizar o clima e parabenizou o ex-governador pela aprovação parcial de sua prestação de contas no TCE. "Parabéns ao ex-governador Iberê pela aprovação das contas no TCE, mesmo com ressalvas. Não há nenhum ato de improbidade administrativa, nem de desvio de recursos nas ressalvas apontadas no relatório do TCE", postou Wilma no microblog.
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