segunda-feira, 15 de agosto de 2011

'A educação no Brasil será como nos Estados Unidos: privilégio de poucos'

Conhecedor das lutas sociais, o religioso, jornalista e escritor foi o grande destaque da Feira do Livro 2011 em Mossoró


 
 
Frade, jornalista, escritor e revolucionário. Um homem que tem sua trajetória marcada por lutas em prol dos menos favorecidos e que se utilizou da capacidade de criar e pensar, aliada ao conhecimento, para atuar nas lutas sociais no Brasil e no mundo. Assim pode se resumir a figura de Frei Betto, um dos mais importantes e respeitados intelectuais do País.
 
 
Frei Betto foi um dos palestrantes da 7ª Feira do Livro de Mossoró, um convidado que acabou roubando a cena e fazendo de sua participação um dos episódios mais concorridos do evento.
 
 
Na plateia, sindicalistas, trabalhadores, estudantes e autoridades. 
 
 
Intermediada pelo professor Antônio Capistrano, a palestra tratou sobre vários temas: greve, ditadura, política, mídia, drogas, entre outros assuntos... 
 
 
Frei Betto fez questão de responder a cada pergunta com simplicidade. Antes, agradeceu ao convite dos organizadores da feira e ressaltou o trabalho dos profissionais responsáveis pelo evento, do motorista aos escritores.
 
 
No início da palestra Frei Betto fez um relato de suas obras e ressaltou o trabalho do escritor Graciliano Ramos, que declarou ser uma de suas fontes de inspiração. Em sua fala, uma crítica severa à mídia televisiva, que para ele se coloca como um importante contribuinte para o emburrecimento de uma nação.  “A TV tem o papel de produzir indivíduos consumistas e a escola deveria combater isso, já que deve formar cidadãos, educar o olhar dos estudantes, além de incentivar o senso crítico”, frisou.
 
 
Ainda sobre a influência negativa da mídia, ele acrescentou que nem mesmo as crianças que têm uma inesgotável capacidade de filtrar e descartar, estão isentas dos “monstros da TV”. “Os produtores de TV são tão monstruosos que encontraram uma forma de alcançar o público infantil, se utilizando de um ponto fraco dos pequenos, que é o estímulo à erotização precoce. Isso precisa ser combatido”, destacou. 
 

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