terça-feira, 23 de agosto de 2011

Movimento em defesa da Uern vira assunto mais comentado no Twitter

O impasse entre servidores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) e o Governo do Estado provoca a greve mais longa da história da instituição e da educação pública do RN. Os 82 dias de paralisação já superam a greve dos professores da rede básica, até então a mais longa, terminada em 20 de julho e que durou 80 dias.
Enquanto a greve da Uern segue sem perspectiva de término, servidores e alunos continuam se mobilizando em favor da Universidade. Ontem, o comando de greve promoveu um "Twittaço", debate em defesa da Uern na rede de microblogs Twitter, que teve considerável adesão de internautas durante todo o dia.
O movimento começou por volta das 9h. Aproximadamente meia hora depois, a Uern entrou para o 4º lugar entre os assuntos mais comentados do Twitter (www.twitter.com), por meio do tópico #emdefesadaUERN. A participação continuou subindo e, perto do meio-dia, o tópico já era o mais comentado do Twitter.
O debate em defesa da Uern ficou no primeiro lugar por cerca de três horas, até meados da tarde. O marcador em apoio à greve na Uern obteve milhares de postagens, no quais os internautas apoiavam a mobilização em defesa da Universidade e criticavam o Governo do Estado por não terminar o impasse. 

PARALISAÇÃO
A greve-geral da Uern foi deflagrada no último dia 31 de maio por professores, técnico-administrativos e estudantes. Os servidores reivindicam reajuste salarial, melhores condições de trabalho e os alunos cobram mais investimento em favor dos estudantes. Todos pleiteiam o fortalecimento da Universidade estadual.
Após semanas de negociações sem êxito, o Governo do Estado apresentou proposta no último dia 15: aumento de 10,65% para abril de 2012; 7,43% para abril de 2013 e 7,43% para abril de 2014. Na oportunidade, o secretário estadual de Administração, Anselmo Carvalho, chegou a dizer que é a última proposta do governo.
A categoria não aceitou, receando que o reajuste esteja defasado quando a última parcela for paga, em 2014. Quinta-feira, os servidores apresentaram contraproposta ao Governo do Estado, entregue pessoalmente à governadora Rosalba Ciarlini na abertura da Feira Industrial e Comercial da Região Oeste (Ficro).
No documento, os servidores aceitam os prazos e índices de reajustes propostos pelo Executivo, desde que aos percentuais sugeridos seja acrescida a variação da inflação acumulada no período, para evitar defasagem no pagamento das parcelas do reajuste e perdas ao servidor, haja vista o imponderável crescimento da inflação.
"Em termos de prazo estabelecido, aceitamos o princípio da proposta do governo. Entretanto, é preciso que os índices sugeridos sejam reajustados. Entendemos que a administração estadual tem plenas condições de atender a nova proposta", explica o presidente da Aduern, professor Flaubert Torquato.
Segundo ele, com a apresentação dessa contraproposta, a categoria docente demonstra, mais uma vez, determinação de contribuir na busca de solução para o impasse grevista, assim como já havia evidenciado antes, quando abriu mão da pauta original. O Governo do Estado ainda não se posicionou sobre a contraproposta.
Assembleia é cancelada devido à falta de resposta do Governo
Como ainda não há resposta do Governo do Estado à contraproposta dos servidores da Uern, a Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Aduern) cancelou a assembleia que estava prevista para hoje, a fim de analisar o futuro da paralisação, que continua sem previsão de término.
Segundo o comando de greve, a categoria será convocada para assembleia assim que o Governo do Estado se posicionar sobre a contraproposta. Nessa assembleia, os servidores decidirão se vão manter ou encerrar a greve, que prejudica o calendário acadêmico de 2011 e adiará as provas do Processo Seletivo Vocacionado (PSV).
Enquanto não acaba a greve, os servidores continuam se mobilizando. Amanhã, será realizada panfletagem e quinta-feira acontecerá debate sobre a pauta interna de reivindicações dos professores, às 9h, na Aduern, para o qual serão convidados dirigentes da Uern para posicionamento sobre a situação da Universidade.
Fonte O mossoroense

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