domingo, 14 de agosto de 2011

Onda de violência mantém média de uma pessoa baleada há mais de 40 dias

Dados levantados junto a instituições oficiais do governo estadual apontam que a violência em Mossoró está longe de diminuir e que vem crescendo significativamente em todos os bairros da cidade, com ocorrências diárias que desmentem a versão do Estado, que insiste em repassar à população uma falsa redução nos crimes.Para se ter uma ideia, no mês de julho e nos 12 primeiros dias de agosto os bandidos voltaram a agir com bastante violência, onde 47 pessoas foram lesionadas à bala, em dezenas de tentativas de homicídio e homicídios propriamente ditos.
Das vítimas baleadas, 14 delas morreram e outras 31 sobreviveram, totalizando uma média de 1,09 pessoa atingida pela violência. Para a maioria dos delegados da Polícia Civil, responsáveis pelas investigações dos assassinatos e tentativas, o período é considerado um dos mais preocupantes.
"A violência em si não reduziu, pelo contrário, só aumentou. Porém o diferencial em se comparando a maio deste ano, o mais violento mês da história de Mossoró, o que aconteceu foi que a pontaria dos agressores não está muito afinada. Imagina só uma coisa: se todas as tentativas de homicídio tivessem terminado em morte, como não estaríamos agora? Felizmente trabalhamos com fatos reais e não com suposições", explicou um delegado.Segundo o delegado, existe uma pressão por parte da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) em ocultar as informações à imprensa, por esse motivo é que ele quis ter o nome preservado, para evitar aborrecimentos futuros. "Se nós divulgamos os acontecimentos somos cobrados por isso. É bem verdade que nós delegados dispomos de algumas autonomias e repassamos os informes à sociedade, o que não acontece na PM, pois o Ciosp foi vedado de passar os acontecimentos", destacou.

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