sexta-feira, 12 de agosto de 2011

GREVE

Estado e Aduern devem voltar a discutir


A queda de braço entre os professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e o Governo do Estado segue sem perspectivas. Ambos voltam a se encontra na próxima semana para mais uma rodada de negociação.
Enquanto isso, a categoria dos docentes segue com uma extensa agenda de atividades. Ontem, a Associação dos Docentes da Instituição (ADUERN) se juntou aos representantes do Sindicato dos Técnicos Administrativos da Uern e com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) em um amplo debate sobre a atual situação da Universidade do Estado.
No leque de discussão, os convidados debateram sobre orçamento, situação administração da Uern e sobre a greve da universidade que já se arrasta por mais de setenta dias. O professor Flaubert Torquato, presidente da Aduern, voltou a cobrar a autonomia orçamentária da instituição e criticou o Governo do Estado pelo contingenciamento financeiro.
Assuntos que, por sinal, estão na pauta de reivindicação da categoria. Esse, inclusive, foi um dos poucos pontos que conseguiu avançar na troca de proposta, uma vez que o Estado já liberou 30% do valor que havia sido limitado. "Discutimos os problemas da Uern, as formas de combater a crise atual e a política de financiamento que vem sendo desenvolvida pelo governo estadual", resumiu professor Torquato.
No tocante à greve, tanta a categoria dos docentes quanto os servidores técnicos administrativos voltaram a criticar o que eles chamam de "intransigência" do Estado para com as pautas de greve. Na última rodada de negociação, os professores apresentaram à Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SEARH) a tentativa de reajuste de 23% escalonado em três parcelas entre os meses de setembro a novembro e os demais pontos ficariam para o próximo ano.
A resposta do Estado não agradou a categoria, que resolveu radicalizar o movimento com uma intensa pauta de mobilização. O Estado apresentou a possibilidade de pagar apenas 3% ainda neste ano, sendo que os demais pontos deveriam ser escalonados até 2013.
Um dos pontos mais debatidos foi a decisão da Pró-reitoria de Recursos Humanos em rescindir cerca de 160 contratos assinados com professores provisório. Anteriormente, o titular da SEARH, Anselmo Carvalho, garantiu que não houve nenhuma atitude deliberada pelo Estado que impulsionasse a decisão.
Já a professora Joana D'Arc, pró-reitora de Recursos Humanos da UERN explicou que a medida é normal, uma vez que a data para o final do semestre letivo já se espirava. "Temos muitas situações pontuais como professores efetivos que estão pra voltar", os contratos devem ser revistos quanto às aulas retornarem.

Avanços e problemas
O debate aconteceu no Dia dos Estudantes, pretexto suficiente para fazer os estudantes que marcaram presença elevar a voz e reivindicar por melhorias. Um dos idealizadores do Comando de Mobilização Estudantil de Mossoró (COMEM) destacou os avanços, mas também apontou os problemas da Educação no estado.
Petrônio Andrade criticou a estrutura de transportes coletivos da cidade que tem pouca mobilidade entre o centro e a sede das Universidades. "Os estudantes são reféns dos horários estabelecidos pelas empresas, e não o contrário".
Ele também destacou o que considera um avanço na Educação do Estado. Segundo ele, a meia passagem nas linhas interurbanas, a gratuidade dos serviços na Uern e, "principalmente a escolha para a direção das escolhas acontecer agora por meio de eleição direta são pontos que devem ser comemorados pelos estudantes".

Fonte Jornal de Fato

Nenhum comentário:

Postar um comentário